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Plataforma ADELAIDE une o produto ao consumidor

Este é um projeto que pretende apoiar os pequenos produtores no escoamento dos seus produtos e na gestão da sua atividade. Permite que o consumidor monitorize os produtos agrícolas que consome, assim como conhecer as hortas onde cresceram e interagir com quem as cultiva. “O projeto ADELAIDE é mais do que uma tecnologia, é acima de tudo uma ferramenta social”, começa por explicar Alice Teixeira, gestora e sócia da MyFarm.

A plataforma sustenta a estrutura e agiliza os processos entre os produtores, consumidores e organizadores. Por outras palavras, este projeto liga os pequenos produtores agrícolas ao máximo número de consumidores possível. Os produtores vendem as quantidades que dispõem e são eles que definem os preços dos seus produtos. Por sua vez, os organizadores são, no fundo, uma espécie de intermediários (podem ser produtores ou outras entidades ligadas à agricultura). Estes embaixadores locais organizam os processos de encomenda e entrega entre produtores e consumidores. Assim, os consumidores têm acesso a produtos de diversos locais do país que lhes são entregues perto de casa.

A ADELAIDE destaca-se pela sua transparência, uma vez que os consumidores têm à sua disposição toda a informação acerca dos produtos que consomem (origem e processos de produção). Lançada pela MyFarm em parceria com a PDM&FC, com a Guess What e com o Instituto Politécnico de Beja, a ADELAIDE.FARM promete ajudar os produtores no âmbito da economia social.

O projeto tem em vista a resolução de dois problemas, partilha Ana Carvalho, responsável pelo Marketing e Comunicação da MyFarm. “O abandono rural (responsável por graves problemas ambientais, sociais e económicos) e a falta de confiança do consumidor nos produtos agrícolas que consome. Ao ligar a pequena produção rural diretamente aos consumidores, estamos a levar qualidade à mesa, a diminuir a pegada ecológica da agricultura (a pequena produção pratica uma agricultura sustentável) e a aumentar a rentabilidade dos pequenos produtores (eliminando intermediários) com preços justos quer para o consumidor, para o produtor e para o organizador“.

Julgamos que temos uma plataforma bastante acessível e intuitiva, para que os agricultores possam colocar na mesma, de uma forma simples, as quantidades e os preços dos mesmos (ou seja, preço que efetivamente vão receber)”, expressa Alice Teixeira. Contudo, se assim o desejarem, os produtores podem dar essa responsabilidade aos organizadores locais.

O processo é simples. Sempre que os produtos são vendidos, os produtores são informados das quantidades a entregar e dos valores a receber. No início de cada mês é transferido todo o valor relativo às vendas feitas do mês passado, para a conta do agricultor. Atualmente, a plataforma ADELAIDE atua nas regiões do Algarve, do Alto Alentejo, do Baixo Alentejo e do Ribatejo. Uma vez que o feedback tem sido positivo, até ao final de 2017 prevê-se uma expansão para o resto do país e posteriormente para o estrangeiro.

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