Arrancou mais uma campanha da pesca da sardinha. Na campanha deste ano, os pescadores nacionais vão poder capturar até 37.642 toneladas, mais oito mil toneladas do que em 2022. A Pinhais planeia absorver cerca de 600 toneladas de sardinha, quota semelhante à do ano anterior, cuja quantidade foi usada em 3,2 milhões de latas de conservas.
Para a conserveira, na reabertura de mais uma época de pesca da sardinha começa o período de laboração intensa. “Desde sempre que a Pinhais destacou para a lota compradores da sua maior confiança para a aquisição do bem mais precioso, o peixe. A qualidade da matéria-prima é fundamental para garantir a qualidade das nossas conservas. Ao existir uma quota de pesca deste peixe é a garantia da sustentabilidade da espécie a longo prazo”, explica João Paulo Teófilo, gerente da Pinhais.
Para o responsável, a quota estipulada para captura de sardinha na campanha de 2023 “está perfeitamente adequada e equilibrada.”
Compra da sardinha
Com uma ligação muito forte à comunidade piscatória local, a conserveira começa o dia bem cedo na lota de Matosinhos, onde participa nos leilões dos cabazes, com 22,5 quilogramas de sardinha cada.
“A Pinhais é a única fábrica de conservas no país que mantém o método tradicional em toda a sua produção, que inicia com o arranque da campanha da pesca da sardinha, ritual que preserva há mais de 100 anos“, afirma em comunicado. “O processo artesanal, que compreende várias etapas fundamentais, cerca de 40, é elaborado e pormenorizado, requerendo quase em exclusivo o trabalho manual, uma garantia para a elevada qualidade reconhecida aos produtos da marca e da autenticidade das suas conservas“.
Após a compra, a sardinha é cortada, sendo-lhe retirada toda a tripa para evitar o amargor no processo de conservação. Seguem-se a lavagem das sardinhas nas grelhas para eliminar quaisquer impurezas que adulterem o processo de maturação e o corte dos ingredientes frescos, como a cenoura ou a malagueta. Resistindo à tentação de produzir mais e mais rapidamente, a Pinhais mantém a pré-cozedura nos fornos a vapor, a que se segue o arrefecimento, o enlatamento e a esterilização. Depois, segue-se a maturação das conservas, durante o restante ano.
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