A pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo na indústria dos patrocínios desportivos, a nível mundial, durante a primeira metade, com uma descida de 38% no número de acordos assinados, assim como uma queda de 31% no seu valor, indica a Sportcal, uma empresa pertencente à GlobalData.
“Apesar de alguns grandes negócios terem sido assinados, incluindo a parte frontal da camisola do Chelsea, por 50 milhões de dólares, o número de eventos cancelados e adiados colocou pressão no sector dos patrocínios, com os patrocinadores a serem cautelosos quanto ao seu investimento”, indica Conrad Wiacek, Head of Analysis and Consultancy na Sportcal.
Maior apoio no digital
Entre janeiro e junho, foram assinados menos mil acordos, comparativamente com o mesmo período de 2019. Adicionalmente, a falta de adeptos nos estádios está a ser um desafio para a indústria dos patrocínios, uma vez que o acesso e capacidade de os alcançar é, normalmente, um fator estratégico dos acordos desportivos.
Sem multidões, os detentores de direitos têm de pensar fora da caixa em termos de serem capazes de oferecer valor aos patrocinadores, apoiando-se mais fortemente nos canais digitais. “Com as marcas a começarem a contabilizar os custos económicos da pandemia de Covid-19 nos seus negócios, o valor dos acordos de patrocínio assinados também desceu significativamente, com uma redução de 31% no primeiro semestre. Como consequência, a Sportcal espera que haja um considerável realinhamento em termos dos valores a serem pagos em 2021. O acordo do Manchester United com a Chevrolet, no valor 78,9 milhões de dólares, expira no final da época 2020/2021 e, ao mesmo tempo que se espera que o negócio não seja renovado, o valor acordado entre o clube e o novo parceiro deverá servir de baliza para o mercado”, conclui.
