A Crédito y Caución prevê que o México não recupere os níveis de PIB anteriores à pandemia até 2024, após a forte deterioração económica registada em 2020.
O México revelou uma elevada vulnerabilidade aos efeitos da pandemia decorrente da fragilidade do seu sistema de saúde, à estreita sincronização da sua economia com o ciclo económico dos Estados Unidos e à sua elevada dependência do turismo.
O seu principal sector exportador, o automóvel, sofreu uma forte queda da procura externa e graves interrupções na cadeia de fornecimento.
Até ao momento, as medidas fiscais e monetárias implementadas para contrariar a desaceleração foram limitadas. O banco central mantém as taxas de juros nos 4%, um nível relativamente elevado, e os estímulos fiscais apenas equivalem a 1% do PIB.
Em 2021, as exportações de bens deveriam receber um impulso, graças às perspetivas dos Estados Unidos. Contudo, as expectativas de recuperação continuam dependentes da contenção da pandemia e do arranque da vacinação.
Recuperação lenta
Neste contexto, a recuperação será lenta e gradual. A Crédito y Caución prevê que o PIB não volte a alcançar os seus níveis pré-pandemia até 2024. A incerteza em matéria de política económica e a preocupação com a estabilidade institucional continuam a ter um impacto negativo na confiança das empresas.