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Crescimento na Índia abrandará em 2023

A Crédito y Caución prevê que o crescimento do PIB na Índia, em 2023, sofra um abrandamento até 4,4%, dos 7% alcançados em 2022, devido à rápida deterioração do contexto mundial e ao abrandamento da procura interna.

O país atravessa uma debilidade generalizada na indústria manufatureira, com taxas de utilização da capacidade de produção muito abaixo dos 80%, que dão base à opinião de que o crescimento do investimento privado continua a ser fraco.

A seguradora de crédito espera que a inflação se situe num valor médio de 6,9%, em 2022, antes de baixar até aos 5,5%, em 2023. A elevada inflação, que pesa sobre o crescimento do rendimento real, provavelmente arrastará para baixo o crescimento do consumo das famílias, em 2023. É previsível que os consumidores se mostrem mais cautelosos, dado o endurecimento da política monetária e as elevadas pressões sobre os preços.

Tanto as exportações como as importações apresentam uma dinâmica fraca. É provável que a queda dos preços das matérias-primas e o debilitar da procura interna limitem as importações nos próximos meses. Contudo, o relatório prevê que as exportações tenham um desempenho ainda pior, dada a recessão das economias avançadas, o que previsivelmente empurrará o défice por conta corrente para 3,5% do PIB, em 2022. A dureza da política monetária norte-americana vai manter a rupia sob pressão face ao dólar. Dado que a Índia acumulou importantes reservas de divisas, não se prevê que isto ponha em perigo a sua posição externa.

 

Inflação

Em resposta à inflação, o Banco da Reserva da Índia (RBI) subiu a taxa de juro oficial várias vezes em 2022, mas, com a diminuição dos constrangimentos sobre a oferta mundial e a estabilização das expectativas quanto à inflação interna, os argumentos para continuar com um endurecimento da política monetária perderam terreno. Portanto, não se esperam mais subidas das taxas de juro, em 2023.

O défice fiscal continuará a ser relativamente elevado a curto prazo, com uma previsão de 7,2% em 2023. Isto suscita inquietação quanto à sustentabilidade da dívida da administração pública, que se aproxima de 90% do PIB. Se o crescimento do PIB nominal diminuísse no futuro de forma persistente, a evolução da dívida deixaria de ser sustentável.

Inflação

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