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Mercado portuário regista valor mais elevado de sempre no primeiro semestre

Nos primeiros seis meses de 2016, os portos comerciais do continente tiveram o melhor resultado de sempre, comparativamente aos períodos homólogos. Neste período, os portos movimentaram cerca de 45 milhões de toneladas, nas várias tipologias de carga, registando um acréscimo de 0,9% relativamente ao valor observado no período homólogo de 2015.

Este facto resulta exclusivamente do comportamento do porto de Sines que regista um acréscimo de 10,5%, atingindo 24,1 milhões de toneladas e anulando as variações negativas dos restantes portos, em particular a quebra de 18,6% em Lisboa, de 3,5% em Leixões e de 2,3% em Setúbal.

O porto de Sines reforçou a posição cimeira, passando a representar 53,5% (mais 2,1 pontos percentuais face ao início do ano) do total do movimento portuário, atingindo um movimento de 24,1 milhões de toneladas, elevando a sua taxa média anual de crescimento para 13,7%, considerando os períodos homólogos desde 2012. Na segunda posição encontra-se o porto de Leixões (19,6%), seguido de Lisboa (10,3%) e Setúbal (8,8%).

No que respeita ao mercado de contentores, no primeiro semestre, verificou-se um movimento de 1,3 milhões de TEU, correspondente a uma quebra de 1,8% face ao homólogo de 2015, tendo em número registado também uma quebra de 3%. Este comportamento é caracterizado pelo crescimento nos portos de Setúbal (mais 42,2% de TEU movimentados), Leixões (+9,7%), Figueira da Foz (+4,8%) e Sines (+2,4%) e por uma quebra no porto de Lisboa (-38,3%). Sines viu reforçada a sua posição de líder no volume de contentores movimentados, com uma quota de 54,3% do total de 1,28 milhões de TEU, ganhando 0,4 pontos percentuais ao valor apurado no período de janeiro a maio. Importa, ainda, sublinhar a relevância das operações de “transhipment” no Porto de Sines, que representam 78% do total da carga contentorizada movimentada, refletindo um crescimento de cerca de 15% face ao período homólogo de 2015.

Os primeiros seis meses de 2016 registaram 5.361 (menos 1% face ao mesmo período de 2015) escalas de navios das diversas tipologias, incluindo os navios de cruzeiro, e uma arqueação bruta (GT) global de 94 milhões (mais 3,2% face ao período homólogo). Esta variação global do número de escalas resultou no acréscimo de 20,4% de Viana do Castelo, 0,7% de Leixões, 0,8% da Figueira da Foz, 13,1% de Setúbal e de 18,1% de Sines, o valor mais elevado de sempre deste porto nos períodos homólogos. Relativamente ao volume global de arqueação bruta, o valor registado nos primeiros seis meses de 2016 foi o mais elevado de sempre, muito devido aos portos de Setúbal e Sines, que registaram variações de 7,1% e 22,7%, respetivamente.

No mercado das tipologias de cargas destacam-se o da carga geral e dos granéis líquidos com variações positivas de 2,2% e 3%, respetivamente, mercê do crescimento da carga contentorizada em 7,7% e do petróleo bruto em 24,3%, atingindo valores que constituem melhores marcas de sempre nos períodos homólogos. A classe de granéis sólidos registou um decréscimo de 5,1%.

A carga embarcada, com origem no hinterland dos portos comerciais, na qual as “exportações” assumem um peso importante, registou um volume de cerca de 19,1 milhões de toneladas, refletindo uma diminuição de cerca de 2,1% face ao período homólogo de 2015, tendo, no entanto, aumentado ligeiramente o seu peso em relação ao tráfego total face ao mês anterior, representando 42,4%. A carga contentorizada, o carvão e os produtos agrícolas são os grandes responsáveis pelas variações positivas deste mercado, registando valores de 5,1%, 28,6% e 51,5%, respetivamente.

Salienta-se ainda o facto de os portos de Viana do Castelo e Sines terem contrariado o registo de variações negativas no volume de carga embarcada, com acréscimos de 4,9% e 15,9%, respetivamente, face aos valores de 2015.

Quanto ao volume de carga desembarcada com destino ao hinterland dos portos, na qual as “importações” representam em regra mais de 90%, registou um aumento de cerca 3,2%, face ao valor registado no mesmo período de 2015, atingindo 25,9 milhões de toneladas, muito influenciado pelo aumento de 11,2% no movimento de carga contentorizada, 4,7% de produtos agrícolas e de 10,9% do petróleo bruto.

Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que registam um volume de embarques (carga embarcada) superior ao dos desembarques (carga desembarcada), com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 77,5%, 63,7%, 59% e 100%, respetivamente.

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