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Medidas contra a Covid-19 geram quebras no consumo em período pré-Natal

A REDUNIQ acaba de divulgar os dados mais recentes sobre a evolução transacional no sistema de retalho português, que volta a registar em novembro uma nova fase de quebra do consumo, com o número acumulado de transações e da faturação total de 2020 a atingirem -12,50% e -18,05%, respetivamente, face a igual período de 2019.

De acordo com o relatório REDUNIQ Insights, a atual conjuntura da atividade transacional justifica-se pela sequência de restrições impostas pelo Governo que, no seu conjunto, têm vindo a condicionar o funcionamento da oferta e comportamentos da procura, especialmente num período do ano em que normalmente se verifica uma aceleração do consumo.

O agravamento dos resultados transacionais em diversas categorias do sistema retalhista representa um verdadeiro contraciclo com o que seria a natural tendência de consumo observada a pouco mais de um mês do Natal, período que se esperava, inicialmente, poder contribuir para a recuperação das brutais perdas acumuladas a partir do primeiro Estado de Emergência“, refere Tiago Oom, diretor da REDUNIQ.

Agravamento em todo o território

Outra das conclusões do novo relatório da REDUNIQ é o facto deste novo agravamento em novembro ser transversal a todo o território nacional, com vários distritos, como Braga, Vila Real e Viseu, que já tinham recuperado quase tudo a voltarem a apresentar quebras de dois dígitos.

No ranking dos distritos com maior perda de faturação acumulada continuam as regiões do país que mais sentiram a diminuição do número de turistas: Faro, Lisboa, Madeira, Porto e Açores registaram quebras de faturação até novembro de 28%, 26%, 21%, 16% e 16%, respetivamente.

Já quando analisada a evolução transacional por sector de atividade entre outubro e novembro, as categorias mais prejudicadas com as medidas restritivas em termos homólogos foram a Moda (que passou de -15% para -35%), a Restauração (de -10% para -27%), as Gasolineiras (de -7% para -17%), e as Perfumarias (de -14% para -22%).

Em sentido inverso, os negócios do Retalho Alimentar Tradicional e da Saúde aumentaram a sua faturação de 53% para 70% e de 23% para 36%, respetivamente. Por outro lado, e apesar das condicionantes aos horários de funcionamento impostas durante o mês de novembro, o sector dos hiper e supermercados conseguiu manter-se em valores praticamente iguais aos de 2019.

“Graças às novas restrições, é particularmente interessante observar o desaparecer dos sábados como normais picos semanais de consumo. Neste novo contexto, as sextas-feiras assumiram-se como os novos dias de maior consumo, tendo estas até alguma capacidade de compensar perdas por limitação de acesso aos fins de semana”, afirma o diretor da REDUNIQ.

Picos de consumo

Para além da análise transacional de novembro, o mais recente REDUNIQ Insights dá especial enfoque ao período da Black Friday. Segundo os dados divulgados, registou-se na última sexta-feira de novembro um pico de consumo em algumas categorias, em particular em Eletrodomésticos & Tecnologia, Moda e Perfumarias.

Contudo, os resultados atingidos não foram suficientes para se aproximarem dos valores de 2019, tendo a faturação total deste dia ficado 16% abaixo dos resultados homólogos, enquanto que os sectores de Eletrodomésticos & Tecnologia, Moda e Perfumarias obtiveram uma diferença homóloga negativa de 30%, 50% e 40%, respetivamente.

Outra tendência que se verificou no sistema de retalho português foi a aceleração do consumo comparando a semana de 6 a 12 de dezembro com a semana de implementação do Estado de Emergência (9 de novembro). Destaque para o crescimento da faturação das perfumarias (mais 93%), da moda (mais 55%), dos hiper e supermercados (mais 23%), dos eletrodomésticos e tecnologia (mais 19%) e do Retalho Alimentar Tradicional (mais 16%), que acabou por beneficiar dos limites impostos aos formatos de maior dimensão.

Já na restauração, o arranque de dezembro também evidenciou uma melhoria, com o último sábado (12 de dezembro), a apresentar o melhor valor registado aos sábados desde a implementação do estado de emergência, com um crescimento de 42% face ao dia 14 de novembro.

Contactless

A REDUNIQ destaca ainda no seu relatório a evolução registada ao nível dos pagamentos por contactless, que em novembro representaram já 35% do total de faturação dos negócios portugueses, face aos 34% do mês anterior e aos 8% alcançados em período homólogo.

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