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Insolvências baixam 14,5% em outubro face a 2021

As insolvências baixaram 14,5% em outubro, face ao mês homólogo do ano passado, atingindo um total de 388, menos 66 do que em 2021. No total do ano, regista-se um valor global de 3.325 insolvências, menos 579, o que traduz um decréscimo de 14,8% no comparativo anual.

Por tipologia de ações, até ao final de outubro deste ano, as declarações de insolvência requeridas por terceiros diminuíram 19,7% (menos 146 pedidos), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas baixaram 21,4% face a 2021 (menos 166 empresas). Os processos de encerramento com plano de insolvência também baixaram, neste caso 5,1%, face a 2021. Foi declarada a insolvência de 2.080 empresas (total de processos), menos 265 do que no ano transato.

Os distritos de Lisboa e do Porto foram os que apresentaram os totais de insolvências mais elevados: 891 em Lisboa e 756 no Porto. Face a 2021, registou-se uma redução de 0,7% na capital e de 22,1% na cidade invicta.

No total dos distritos e regiões autónomas nacionais, no global de 2022, houve diminuição de insolvências em Portalegre (-37%), Braga (-30,1%), Madeira (-29%), Viana do Castelo (-25,8%), Coimbra (-23,1%), Faro (-22,1%), Aveiro (-21,5%), Beja (-17,6%), Guarda (-16,7%), Leiria (-16,6%), Ponta Delgada (-16,7%), Viseu (-15,3%), Vila Real (-15%), Castelo Branco (-3,1%) e Santarém (-0,8%). Os aumentos face a 2021 registaram-se na Horta (+150%), Bragança (+50%), Setúbal (+4,6%) e Évora (+3,2%). Angra do Heroísmo manteve idêntico valor nos dois anos (11 insolvências).

Por atividades, houve um incremento de 27,3% nas insolvências no sector da Eletricidade, Gás e Água, enquanto os Transportes mantêm posição idêntica a 2021 (total de 151 insolvências). Todos os restantes sectores apresentaram variações negativas: Indústria Extrativa (-35,7%), Indústria Transformadora (-18,3%), Hotelaria e Restauração (-17,5%), Construção e Obras Públicas (-17,1%), Comércio por Grosso (-16%), Outros Serviços (-14,3%), Telecomunicações (-14,3%), Comércio de Veículo (-13,7%), Comércio a Retalho (-9,3%) e Agricultura, Caça e Pesca (-7,1%).

 

Constituições mantêm crescimento que chega aos 16%

As constituições, em outubro, diminuíram de 3.708, em 2021, para 3.566, menos 142 novas empresas constituídas, o que traduz um decréscimo de 3,8%. Contudo, no acumulado, houve um aumento de 16% face ao ano passado, com 40.176 novas empresas constituídas, mais 5.553 que em igual período do ano passado.

Lisboa lidera o ranking das constituições, com 13.996 novas empresas (incremento de 28,6% face a 2021), seguida a alguma distância pelo Porto, com 6.705 constituições (mais 9,7% face a 2021).

As subidas neste indicador registaram-se também nos distritos de Faro (+27,6%), Ponta Delgada (+24,6%), Setúbal (+22,9%), Madeira (+20,7%), Angra do Heroísmo (+18,6%), Coimbra (+16,8%), Portalegre (+16%), Beja (+15,4%), Santarém (+12%), Aveiro (+8,2%), Leiria (+6%), Vila Real (+5,4%), Guarda (+0,4%) e Braga (+0,3%).

Com variação negativa face a 2021 destacaram-se os distritos de Bragança (-13%), Viseu (-7,9%), Évora (-7,6%), Horta (-6,4%);, Viana do Castelo (-4,2%) e Castelo Branco (-1,2%).

Os sectores com variação positiva nas constituições foram Transportes (+123,5%), Telecomunicações (+22,4%), Hotelaria e Restauração (+21,6%), Outros Serviços (+18,7%), Comércio de Veículo (+10,5%), Construção e Obras Públicas (+8,2%), Comércio Por Grosso (+7%) e Eletricidade, Gás, Água (+4,2%). Quatro sectores tiveram uma variação negativa em relação a 2021: Indústria Extrativa (-27,8%), Comércio a Retalho (-15,1%), Indústria Transformadora (-5,2%) e Agricultura, Caça e Pesca (-3,6%).

Por Bárbara Sousa

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