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Inflação leva cidadãos a apontarem o dedo às políticas governamentais

Foto Shutterstock

Cidadãos de 36 países colocam as culpas pelo custo de vida às políticas governamentais, embora também percebam que há outros fatores em jogo, indica uma pesquisa da Ipsos.

Os preços dispararam em 2022. Em resposta, os bancos centrais de todo o mundo têm elevado as taxas de juro. Embora alguns governos tenham criado benefícios fiscais e limites de preços para ajudar a suportar o fardo, muitos consumidores estão em dificuldades. A Ipsos apurou que, em média, a nível global, 74% acredita que o estado da economia global, seguido da invasão da Ucrânia (70%) está a contribuir para a inflação. 68% indica que tanto o nível das taxas de juro como as políticas governamentais estão a contribuir muito para o aumento do custo de vida.

Outros fatores indicados são o facto das empresas que terem lucros excessivos (62%), a pandemia (61%), os trabalhadores exigirem aumentos salariais (51%) e a imigração (50%).

 

Problemas de liderança

A grande maioria (84%) das pessoas na Grã-Bretanha, Coreia do Sul (82%) e Tailândia (81%) disse que as políticas do seu governo estavam a contribuir para o aumento do custo de vida no seu país. A inflação diminuiu ligeiramente na Tailândia e noutros países nos últimos meses, mas os preços mantêm-se próximos de máximos históricos.

Independentemente de quem (ou do que) é culpado, os consumidores não esperam que as dificuldades económicas diminuam tão cedo. Em média, cerca de dois em três, a nível global, pensa que a inflação (69%), as taxas de juro (63%) e o desemprego (61%) subirão um pouco/muito ao longo deste ano (novembro de 2022 – novembro de 2023).

Em contrapartida, apenas cerca de um em cada quatro, em média, a nível global, espera que o seu nível de vida (28%) e o rendimento disponível (27%) subirão até novembro de 2023. E apenas 12%, em média, pensa que vai receber um aumento salarial a uma taxa ou superior à inflação, enquanto 38% não espera obter qualquer aumento.

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