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Enóphilo Wine Fest regressa com o “melhor que se produz em Portugal”

O Enóphilo Wine Fest regressa a Lisboa com uma nova edição plena de novidades e com motivos de atração reforçados. Luís Gradíssimo, responsável pelo evento, destaca a importância de voltar aos encontros físicos, com o Enóphilo Wine Fest a contribuir para o crescimento da cultura vínica, em Portugal. O responsável considera que o evento reúne um “leque de vinhos com bastante diversidade” e que, no conjunto, representam “um pouco do melhor que se produz em Portugal”. A conhecer no dia 23 de abril, no hotel Marriot, em Lisboa.

 

Grande Consumo – O Enóphilo Wine Fest está de regresso, após dois anos de paragem forçada. A escassos dias do evento, que sentimento lhe desperta a sua concretização?

Luís GradíssimoUma enorme felicidade de poder juntar novamente os enófilos e os produtores. É um evento de prova de vinho que promove a proximidade e a partilha e estava desejoso de poder voltar a ter este frenesim.

 

GC – Esta edição apresenta-se “reforçada”? O contexto que ditou a sua realização de novo assim o obriga? Ou é consequência natural do crescimento e da própria notoriedade crescente do próprio evento?

LGPenso que se refira ao reforço de 10 produtores ao número habitual. Esse facto deveu-se a uma parceria que tinha sido desenvolvida, para a edição de 2020, com a Adega da Vidigueira e o seu evento Talha DOC. O objetivo é divulgar o vinho de talha e estarão 10 produtores com os seus vinhos à prova. A estes juntam-se os habituais 40 produtores, na realidade, são um pouco mais devido a alguns agrupamentos.

 

GC – Mais de 300 vinhos marcarão presença na próxima edição do Enóphilo. Afinal, qual é o perfil de produtor que melhor se encaixa no conceito do evento? Ou todos são bem-vindos?

LGSerão mais de 300 vinhos de 50 produtores. Procuro produtores de pequena/média dimensão, alguns mais clássicos, outros com um perfil mais inovador, mas, sobretudo, trata-se de reunir um leque de vinhos com bastante diversidade e que represente um pouco do melhor que se produz em Portugal.

 

Luís Gradíssimo, responsável Enóphilo Wine Fest ©Enric Vives-Rubio Wine Fest
Luís Gradíssimo, responsável Enóphilo Wine Fest ©Enric Vives-Rubio Wine Fest

 

GC – Este número de participantes e o respetivo perfil deixa-o satisfeito? O conceito já atingiu a maturidade?

LGSim, deixa-me satisfeito. Não é um evento massificado, nem se pretende que seja. Da mesma forma que os vinhos que lá estão são, sobretudo, vinhos para enófilos, isto é, para apreciadores. É um conceito que teve início em 2015, diria que Lisboa e Porto já atingiram a sua maturidade, Coimbra (25 de junho) terá, este ano, a sua terceira edição e entrará, assim, numa fase adulta e Braga (28 de maio), a nova localização, dará este ano os primeiros passos.

 

GC – Existe um crescente interesse e disponibilidade dos enófilos portugueses para conhecer melhor a cultura do vinho, as diferentes regiões e os respetivos produtores?

LGPenso que sim e o reflexo disso são as pessoas que nos visitam e que vão ao evento para conhecer, para provar, mas também para perguntar. Isso é muito importante, daí a preocupação de ter o próprio produtor presente, sempre que possível, outras vezes, o enólogo ou alguém que conheça muito bem a casa, o processo e, sobretudo, a história por detrás de cada vinho.

 

GC – A cultura do vinho em Portugal encontra-se reforçada? Sente-se, com o Enóphilo, parte integrante desse movimento? Sente que contribuiu para esse fim?

LGSem dúvida que sim. Nunca se falou tanto de vinho, não há registo de tanto interesse por parte do consumidor, reflexo dos tempos em que vivemos e da sociedade da informação. Gosto de pensar que o Enóphilo contribui para isso, não só através dos eventos como o Enóphilo Wine Fest, mas também através da formação que tem promovido, ao longo destes anos de atividade.

 

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©Enric Vives-Rubio

 

GC – As provas comentadas são um valor acrescentado em qualquer evento vínico?

LGPodem ser, principalmente, se forem encaradas como pedagógicas e não como comerciais. Isto é, o objetivo não é apenas e só mostrar vinhos, aqui, o propósito é aproximar, ainda mais, o produtor dos enófilos e, através de uma prova temática, passar uma experiência de poder saber mais sobre uma região, uma casta ou um tipo de vinho. São muitas as provas já realizadas, felizmente, sempre com uma boa aceitação, e faço questão de continuar a ter estas provas, sempre com esta lógica educativa.

 

GC – O que seria uma boa 13.ª edição do Enóphilo Wine Fest?

LGUma casa cheia de pessoas interessadas em vinho, num ambiente informal e descontraído, de partilha e aprendizagem, como têm sido as edições anteriores, esta com o sabor especial do regresso às provas presenciais, após uma pausa de dois anos.

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