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Compra online de alimentos aumentou 95% na Europa em 2020

A categoria de produtos alimentares foi a vencedora incontestável, ao longo de 2020. De março a dezembro do ano passado, a compra online de alimentos e produtos frescos aumentou 95% na Europa. Comer em casa com mais frequência e as restrições no sector de hospitalidade têm levado os consumidores a multiplicar as suas compras de alimentos, que incluem produtos preparados e saudáveis.

Assim o revela o DPDgroup, que procedeu a uma análise das tendências do comércio eletrónico, ao longo de 2020, com o objetivo de saber mais sobre o impacto que a pandemia teve no e-commerce e nos hábitos de consumo. De acordo com este relatório, a pandemia causou um aumento de quase 27% nas compras online, a nível europeu, e o aparecimento de 15 milhões de novos e-shoppers, em 2020.

A este respeito, David Sastre, diretor de Clientes, destaca que o comércio eletrónico foi um dos poucos sectores que cresceu em 2020. “A sua força tem sido tal que estimamos que tenha acelerado três a cinco anos, como resultado da pandemia. Conhecer as tendências que surgiram a partir desta situação permite-nos lançar alguma luz sobre as consequências de longo prazo que a crise teve no sector de e-commerce”.

Nas demais categorias, houve um aumento de 61% na compra de dispositivos eletrónicos e tecnologia, em contraste com a queda nas vendas online no sector de moda. Outras categorias, como cosmética, mobiliário e decoração e equipamentos desportivos, também tiveram aumento significativo.

 

Entrega

Os métodos de entrega também foram afetados pela crise: com muitas lojas fechadas, a entrega ao domicílio experienciou uma demanda sem precedentes, assim como a entrega em lockers, em alguns países europeus.

Inovações, como a entrega sem contacto, foram introduzidas e ganharam popularidade imediata, enquanto as opções de entrega flexíveis, com a capacidade de selecionar uma data e hora de entrega, foram especialmente valorizadas. A disposição demonstrada pelos consumidores em confiar no e-commerce para ajudá-los a enfrentar a pandemia reforça a necessidade de uma abordagem omnicanal.

 

Entrada dos séniores na compra online

A crise da saúde também trouxe consigo um aumento inesperado de compradores online com mais de 55 anos, o chamado e-shopper sénior. É um perfil que já existia antes da pandemia, segundo o “Barómetro E-shopper do DPDgroup 2019”, mas cujo impacto neste sector, até ao ano passado, era quase residual.

Estes shoppers caracterizam-se, principalmente, por terem um maior poder aquisitivo e apresentam uma forma mais tradicional de fazer uma compra online, utilizando predominantemente o computador e deixando de lado outros dispositivos, como smartphones ou tablets. Além disso, são menos propensos a abandonar o carrinho de compras que prepararam previamente e são os que mais preferem receber as suas compras em casa.

Por outro lado, a última análise do DPDgroup revela que, se em 2019 70% dos e-shoppers regulares europeus considerava que as marcas e empresas deviam ser mais responsáveis ​​com o ambiente, esta exigência aumentou ainda mais, ao longo de 2020. Na verdade, cada vez mais consumidores europeus estão dispostos a mudar para uma loja online que ofereça diferentes opções de entrega sustentável.

Paralelamente, houve um aumento do consumo consciente, que se traduziu num forte crescimento do mercado de segunda mão e maior atenção à reciclabilidade do produto, “o que demonstra, mais uma vez, a importância de todos os atores do comércio eletrónico concederem à sustentabilidade a atenção que claramente merece”, destaca a análise.

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