Os dois maiores produtores de refrigerantes do mundo estão a alertar para uma subida significativa dos preços: tanto a Coca-Cola quanto a PepsiCo estão a testemunhar aumentos de custos consideráveis e, como resultado, maior pressão sobre as margens.
Ambas as multinacionais divulgaram os seus resultados e manifestaram as suas expectativas para o exercício em curso, que parecem ser altamente incertas. Os custos das latas de alumínio, transporte e mão-de-obra estão a subir acentuadamente e esta pressão sobre as margens não deixa aos produtores outra escolha: vão aumentar os preços.
“Inflação de dois dígitos”
Hugh Johnston, diretor financeiro da PepsiCo, disse à Reuters que a empresa pode aumentar ainda mais os preços, no final do ano, se os custos subirem mais do que o esperado e também não descartou uma escassez de produtos, pois a cadeia de abastecimento ainda está com dificuldades. Hugh Johnston espera uma “inflação de dois dígitos“.
A Coca-Cola também está cautelosa: “É provável que este ano seja perfeito? Não, mas estamos a fazer o máximo que podemos para otimizar a nossa disponibilidade total“, disse o CEO, James Quincey.
A Coca-Cola viu as vendas aumentarem 17%, no ano passado, com lucros até um quarto acima em relação a 2020. Os aumentos de preços no quarto trimestre impulsionaram o lucro líquido. A fabricante espera que as vendas cresçam de 7% a 8% este ano e antecipa uma subida da inflação.
A PepsiCo registou um crescimento de receita de 12% no quarto trimestre, mas o lucro líquido foi um pouco menor, devido aos custos mais altos.
