branded content
in

Branded content reflete o posicionamento, missão e valores das marcas

A autencidade, coerência e transparência formulam o sucesso de qualquer estratégia de conteúdo. Esta foi a principal conclusão do evento “Branded Content: A nova e mais poderosa ferramenta do marketing”, promovido esta quarta-feira, dia 29 de junho, pela GS1 Portugal.

A iniciativa contou com Inês Condeço, diretora de Marketing e Comunicação da Fnac, Raquel Carrilho, diretora do Co.Lab Observador, Mónica Chaves, CEO da BrandKey,Afonso Cruzeiro, Go-to-Market Director da L’Oréal, e Rui Borges, CEO da Plot Content Agency.

No debate moderado pela diretora da revista Marketeer, Maria João Vieira Pinto, os oradores foram unânimes na certeza de que o branded content serve para refletir o posicionamento, missão e valores das marcas, mais do que tentar aumentar as vendas. Para tal, não podem ser ignorados valores como a coerência, autenticidade ou transparência. “As marcas podem construir a sua própria ratoeira se não forem verdadeiras e pertinentes”, alertou Mónica Chaves. Para a CEO da BrandKey, “tanto a verdade como a pertinência” devem estar “implícitas nos conteúdos que as marcas devem construir”, o que levanta outro fator a ter em conta: a coerência desses mesmos conteúdos. “O conteúdo gerado pelas marcas deve ser transversal e coerente em todas as disciplinas de marketing. Se assim for, a ratoeira não apanha o seu rato”, acrescentou Mónica Chaves, explicando que “o branded content é uma ferramenta que é chamada a despertar, promover e reforçar sentimentos consumidor – alegria, raiva, medo, surpresa, humor. Em termos de conteúdo, não se foca nas funções dos produtos ou serviços, mas sim no seu benefício final e valores”, rematou.

Essa tem sido, precisamente, a estratégia adotada pela L’Oréal. “Só com transparência e autenticidade é que as marcas podem ser bem-sucedidas quando usam este tipo de conteúdo” introduziu Afonso Cruzeiro. Para o Go-to-Market Director da L’Oréal, importa ainda “a escolha do conteúdo certo, para a audiência certa e o meio certo, além da pessoa certa para falar”.

No caso da L’Oréal, “mais de 65% do investimento mundial tem sido feito na componente digital”, revelou, detalhando a estratégia de marketing de influência da marca. “Se, no início, o marketing de influência era trabalhado sob um ponto de vista de ‘awareness’ – por vezes, com perfis com muitos seguidores -, hoje em dia, em paralelo, trabalhamos com micro e nanoinfluenciadores que conseguem, efetivamente ,comunicar as nossas marcas de uma maneira muito autêntica. Nós procuramos os influenciadores que já gostam da nossa marca naturalmente. É uma questão de autenticidade”, reforçou Afonso Cruzeiro.

Retomando a metáfora inicial do debate, Raquel Carrilho considerou que “a ratoeira aplica-se quando as marcas acham que o branded content pode ser o salvador da pátria de uma marca que esteja com problemas”. A diretora do Co.Lab Observador acrescentou que deve “existir uma estratégia integrada – idealmente de 360º – na qual o branded content é um dos pilares, construído com verdade e transparência”.

Raquel Carrilho acrescentou ainda que, ao serem procurados pelas marcas, os media funcionam como “’endorsers’ em quem a marca confia para contar a sua história”. No caso do Observador, revelou, o branded content representou 30% das receitas de publicidade em 2021. “A tendência é de crescimento”, rematou.

Para funcionar, o branded content não pode ser focado no produto. Tem de ser focado nas pessoas”, acrescentou Rui Borges. O CEO da Plot Content Agency, considerou que “nos últimos 15 anos, temos vivido um enfeitiçamento, com os Facebooks e Googles da vida, que colocaram uma tónica muito grande na performance”, o que tem levado a um decréscimo do “foco das marcas na parte da construção da marca. Estamo-nos a esquecer que não há nenhuma marca que tenha sido construída com base na performance ou nos atributos dos seus produtos”, explicou, reforçando que “uma das vantagens do branded content é haver este foco novamente nas pessoas. As marcas só vendem mais se tiverem mais clientes. Para isso, é preciso colocar a marca na estrutura de memória dos consumidores”, rematou.

 

Omnicalidade: as marcas no online e no offline

O debate foi precedido por uma apresentação de enquadramento por parte da Fnac. Inês Condeço, diretora de Comunicação e Marketing da marca, abordou a importância da omnicalidade, na qual a Fnac tem apostado para se aproximar do seu público em diferentes momentos. Dando como exemplo o blog, as iniciativas em loja ou os eventos externos, Inês Condeço realçou que “o branded content tem a vantagem de ser mensurável”.

Com os desafios impostos pelo crescimento do digital, e que foram “impulsionados pela pandemia”, a Fnac sentiu uma maior necessidade em proporcionar “novas formas de substituir a tradicional experiência em loja”, dado que “o consumidor não deixou de comprar, só que hoje fá-lo por diferentes canais”, razão pela qual a mais recente aposta passou por “promover os seus próprios colaboradores na conta de Tik Tok da marca, onde estes continuam a promover os produtos”, mas para uma audiência que já procura ser estimulada “de outras formas”, rematou.

Mateus

Mateus lança campanha de 80 anos

Wabi2b

Marketplace B2B Wabi2b chega ao mercado português