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Black Friday: adesão sobe, mas inflação trava gastos

Black Friday inflação

Mais de metade dos portugueses tenciona comprar nesta Black Friday. Aproveitar as promoções para antecipar já as prendas de Natal é a principal motivação dos consumidores.

A inflação gera maior procura por descontos, mas também marca travão nos gastos: um em cada três inquiridos revela que pretende reduzir os custos. Contenção é mesmo a palavra de ordem: 78% não vai mexer nas poupanças para comprar durante esta época mais consumista do ano. Os resultados são do estudo “Black Friday 2023 – Inflação” realizado pelo Portal da Queixa.

E se na Black Friday de 2022, apenas 35.6% dos consumidores fez compras, este ano, mesmo com orçamentos mais apertados, a intenção de aderir ao fenómeno das grandes promoções ultrapassa os 52%, revela o estudo ‘Black Friday 2023 – Inflação’ desenvolvido pelo Portal da Queixa para avaliar as expectativas e os comportamentos dos consumidores para esta época de descontos.

Aproveitar as ofertas da Black Friday – que acontece a 24 de novembro – para antecipar as compras de Natal, é a motivação de grande parte dos portugueses, com 42.5% dos inquiridos a admitir que vai procurar descontos e promoções nesta black season, sobretudo para contrariar a inflação e a pensar já na aquisição dos presentes natalícios.

 

Inflação dita contenção nos gastos

De acordo com o inquérito, 35% dos consumidores tenciona gastar menos (do que na Black Friday anterior), com 30% a revelar que vai gastar menos de 100 euros e 51% a admitir gastar entre 100 e 500 euros.

A realidade dos orçamentos familiares mais apertados é confirmada pelos portugueses inquiridos: 65% assume que a incerteza económica atual influencia consideravelmente as suas decisões de compra neste período mais consumista do ano. Já 78% admite não recorrer às poupanças para comprar durante a Black Friday ou no Natal, porém, 22% assume mexer nas poupanças.

A inflação dita contenção também nos gastos com o Natal. Mais de 56% dos consumidores vai reduzir o custo em presentes. Outra alteração prevista no padrão de consumo para a quadra natalícia é que um em cada três portugueses tenciona comprar menos prendas este ano (34%).

 

Tecnologia, Moda e Eletrodomésticos são as categorias mais procuradas

Nas categorias de produtos mais procuradas pelos consumidores nesta Black Friday surge, em primeiro lugar, a Tecnologia (telemóveis, computadores, televisões, etc.) com 21.2% das intenções de compra; segue-se a categoriaModa (roupa e acessórios), com uma previsão de compra a rondar os 19% e, em terceiro, Eletrodomésticos e Utilidades para o Lar, resposta dada por 18% dos inquiridos. Produtos de Beleza e Cuidado Pessoal foram mencionados por 8.6% dos consumidores. Mais de 6% tenciona gastar em produtos da categoria Livros/Música/Papelaria e outros 6% em Mobiliário e Decoração.

Este estudo permitiu-nos aferir que o contexto económico atual e a permanente subida de preços e do custo de vida, motivaram a crescente necessidade de poupança por parte dos portugueses e, por este motivo, as promoções da Black Friday são encaradas como uma boa oportunidade. Como consequência, este ano assistimos ao aumento do número de consumidores que vai aderir ao evento. Parece-nos também, dado o cenário de inflação, que os consumidores têm atualmente uma atitude mais ponderada e um comportamento mais consciente, levando-os a comprar apenas o que realmente necessitam, sem se deixarem levar impulsivamente pelas promoções da Black Friday”, analisa Sónia Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa by Consumers Trust.

De referir que, o inquérito para o estudo “Black Friday 2023 – Inflação” foi realizado online, entre os dias 20 de outubro e 20 de novembro, e abrangeu um universo de 2.732 inquiridos com idades entre os 18 anos e maiores de 65 anos. A participação no estudo envolveu consumidores dos géneros masculino e feminino, 49.5% e 49.6% respetivamente e outros (1%).

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