2024 será um ano de destaque para o desporto e para a transmissão de eventos desportivos, como o Super Bowl, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris e o Campeonato da Europa de Futebol, de grande interesse para as estratégias de comunicação e marketing das marcas, indica o Warc.
De acordo com o estudo “Sports media in the era of fragmentation”, num ano-chave para o desporto, os direitos de transmissão chegarão a 61 mil milhões de dólares, 18,9% mais que antes da pandemia e o valor mais elevado dos últimos seis meses. Estes direitos dividem-se cada vez mais entre a transmissão através da televisão tradicional, plataformas de streaming e aplicações móveis, às quais se juntam também as redes sociais, que estão a ganhar peso como forma de obter informação e entretenimento.
Apesar desta fragmentação, o Warc destaca que, este ano, as marcas vão apostar fortemente no desporto. Nos Estados Unidos, estima-se que destinarão dois mil milhões de dólares para os Jogos Olímpicos de Paris e, na Europa, o Europeu de Futebol deverá gerar 250 milhões de euros em investimento publicitário no continente.
TV não inverte queda
Os canais de televisão verão, assim, as suas audiências melhorarem este ano, graças à transmissão dos eventos desportivos, no entanto, estes não serão capazes de inverter a queda gradual do consumo de TV linear a que se tem vindo a assistir. No Reino Unido, prevê-se que os gastos em televisão linear continuem a diminuir (-1,6%) durante o verão, enquanto na Alemanha, anfitriã do Europeu, a situação será também de queda (-0,6%). França é a nota discordante na Europa, já que o investimento em televisão pode crescer 4,9%. Já nos Estados Unidos, os gastos em TV poderão aumentar 6,3%, embora se deva mais ao cenário de eleições presidenciais do que ao desporto.
Com a transmissão das competições desportivas cada vez mais distribuída entre vários operadores, torna-se cada vez mais complexo para os fãs acompanharem os eventos. Por exemplo, atualmente, a cobertura da NFL inclui transmissões de televisão e cabo da NBC e da ESPN, enquanto o streaming de alguns jogos pode ser visto no Peacock, Amazon Prime Video e YouTubeTV. Soma-se a isso o serviço NFL+.
Redes sociais e streaming estão a ganhar destaque
Efetivamente, as plataformas de streaming estão a capitalizar o interesse no desporto. A Amazon e a Netflix estão a adquirir direitos de transmissão de eventos em direto, de que é exemplo a aquisição pela Netflix dos direitos de alguns programas da WWE (World Wrestling Entertainment), que irão para o ar a partir de 2025.
Além disso, de acordo com dados fornecidos pelo Warc, 93% das pessoas com idade compreendida entre 18 e 24 anos interage com o conteúdo desportivo nas redes sociais, pelo menos, uma vez por semana.
Siga-nos no:
