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82% das empresas de retalho e restauração admite despedimentos perante ausência de apoios

A AMRR – Associação de Marcas de Retalho e Restauração acaba de divulgar os dados do mais recente inquérito feito aos seus associados, representantes de mais de 3.500 lojas e restaurantes, que revela que 82% das empresas de ambos os sectores considera muito provável, ou quase certo, que venham a ter de reduzir o número de trabalhadores, caso não sejam decididas medidas de apoio para fazer face ao encerramento das atividades.

O inquérito promovido pela associação revela, ainda, que 97% das empresas de retalho e restauração considera importante ou muito importante que seja determinada a isenção das rendas, ou o apoio ao seu pagamento, durante o período de encerramento. No mesmo sentido, 74% das empresas de ambos os sectores assinalara como importante ou muito importante o prolongamento das moratórias de crédito.

Os empresários têm feito de tudo para salvarem os seus negócios e, sem receitas, continuam pagar as rendas, fornecedores, custos fixos e parte do layoff”, refere Miguel Pinas Martins, presidente da Associação de Marcas de Retalho e Restauração. “Não é aceitável que os empresários tenham de recorrer aos despedimentos para manterem os seus negócios vivos, pelo que é urgente haver apoios efetivos. Este confinamento ocorre após um ano absolutamente desastroso, relativamente ao qual há apoios ainda por pagar por parte do Governo, levando-nos a uma situação que se torna quase impossível superar. Se a tudo isto juntarmos o facto de, no final do mês de março, caso nada seja alterado, terminarem as moratórias de crédito relativo a juros (cujo prolongamento não custa um euro ao Estado,  então pergunto: vale a pena investir, criar postos de trabalho e ajudar a desenvolver a economia?

O presidente da associação apela ao Governo, na expectativa de novas medidas que serão anunciadas em breve. “Lemos e ouvimos as declarações do Ministro da Economia sobre novos apoios a serem divulgados. A AMRR aguarda com expectativa, mas com cautela, as medidas concretas, apelando a que permitam efetivamente salvar empresas e postos de trabalho, dando respostas às necessidades da economia real”.

 

6 meses de faturação perdidos

A AMRR recorda que, após três meses com as lojas fechadas em 2020, a generalidade do comércio de retalho enfrenta agora um período que se teme de cerca de três meses de novo encerramento, até ao final de março. Isto significará que, no espaço de um ano, o comércio terá seis meses de faturação zero. Sendo que, nos restantes seis meses, a faturação teve quedas médias de 40%, que foram de 70% no passado mês de janeiro.

Ao longo das últimas semanas, a AMRR tem vindo a chamar à atenção do Governo, e dos demais interlocutores políticos, do impacto severo com o qual as empresas dos sectores do retalho e da restauração se confrontam com o segundo confinamento geral. Nesse sentido, têm sido feitas sugestões para apoios concretos, que venham dar respostas reais aos novos desafios criados pelo encerramento de atividade desde 15 de janeiro ou, no caso da restauração, pelas enormes limitações à sua atividade.

A AMRR tem vindo a apelar a um apoio efetivo, com medidas concretas tais como o prolongamento da moratória de crédito (capital e juros) até março de 2022; o ajustamento do Programa Apoiar, com vista a ter em consideração, para efeitos de análise da queda de vendas, o mesmo perímetro comparável de estabelecimentos; o robustecimento do Programa Apoiar Rendas, com reforço dos apoios em termos mais adequados à realidade e abrangendo também os quiosques dos centros comerciais; o prolongamento da moratória das rendas; e o equilíbrio “e justa repartição de sacrifícios” entre proprietários de centros comerciais e lojistas, com uma solução legislativa que o permita, assegurando em 2021 uma taxa de esforço não superior à verificada em 2019.

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