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71% dos portugueses irá fazer a ceia de Natal em casa

Portugueses com medo de sair de casa no Natal e Ano Novo

Foto Shutterstock

O estudo “CHRISTMAS 2020 UNBOXING: Estudo comportamental do impacto COVID na população portuguesa”, desenvolvido pela UPPartner, em parceria com a Amint e a multidados.com, revela que os portugueses estão a antecipar, por iniciativa própria, medidas restritivas nas épocas festivas.

Realizado este mês, o estudo pretendia analisar como é que os portugueses estão a preparar o seu Natal e a sua passagem de ano em tempos de Covid-19, considerando as medidas de distanciamento social e restrição no número de pessoas. Nessa medida, o estudo concluiu que, mesmo desconhecendo as restrições que poderão vir a ser impostas pelo Governo, os portugueses estão já a pensar mudar o seu comportamento.

Os grupos etários mais elevados evocam o medo ou receio pessoal, no sentido de se protegerem e às pessoas mais vulneráveis, como razões subjacentes aos seus comportamentos. São sobretudo as mulheres que revelam esta intenção. Por seu lado, os jovens admitem que contam alterar o seu comportamento mais por imposição de medidas governamentais e por medo das respetivas consequências, do que por iniciativa própria.

 

Natal diferente

Olhando para os números, no que diz respeito ao Natal, 59% dos inquiridos refere que haverá mudanças significativas na forma como será celebrado e algumas das mudanças estão relacionadas com o número de convidados na ceia, que em 2019 era, em média, de 12 pessoas e que este ano se prevee reduzir para metade. A tendência dominante será a realização de jantares apenas com os familiares que partilham a mesma casa.

Quanto ao local, no estudo, 71% afirma que irá fazer a ceia de Natal em casa, quando em 2019 apenas 44% ficou nas próprias casas.

Em relação ao investimento nos jantares, os resultados apontam para uma redução significativa. Quem avança ter gasto, em média, 122 euros em 2019, planeia gastar 87 euros este ano. 30% assume não saber quanto vai gastar, mas que será menos do que no ano passado. O número de jantares com amigos passará para metade em comparação com o ano anterior.

 

Passagem de ano com o núcleo familiar

Em relação à passagem de ano, o estudo da UPPartner, Amint e Multidados revela que 53% dos inquiridos afirma que planeia mudanças significativas na forma como assinalará esta data. Metade dos inquiridos celebrou a passagem de ano de 2019 na companhia, em média, de 10 pessoas e, este ano, conta passar apenas com, em média, cinco pessoas. Em 2019, 51% dos inquiridos fez a festa em casa, mas este ano este número aumenta para os 81%.

Estas festas irão contar, na sua maioria, apenas com os núcleos familiares. A opção de restaurante ou hotel praticamente desaparece (9% em 2019 e 1% em 2020). Tal como na ceia de Natal, a comida será maioritariamente confecionada em casa, a presença de família que mora no mesmo concelho será reduzida em quase metade e a vinda de familiares de outros concelhos reduzida em 39%. Já a presença de amigos (quer os que vivem próximo, quer os que vivem noutras áreas do país) também será significativamente reduzida.

Entre as pessoas que passam a passagem de ano fora de casa, que são 49%, as viagens para outros concelhos fora da sua residência vão diminuir muito. O custo dos jantares também vai ser reduzido de forma significativa. Quem, em 2019, gastou em média 33 euros por pessoa, tenciona este ano gastar menos 30 euros. 30% assume não saber ainda quanto irá gastar, mas sabe que será certamente menos do que em 2019.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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