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48% das empresas de restauração e 32% do alojamento não resistem nos próximos dois meses

Foto Shutterstock

De acordo com o inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) relativo ao mês de novembro, as empresas do alojamento e da restauração apresentaram enormes quebras de faturação, com consequência no atraso das rendas comerciais, no não pagamento total ou parcial de muitos salários, no agravamento dos despedimentos e nos níveis preocupantes de intenção de requerer insolvência.

Na restauração e bebidas, 40% das empresas pondera avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua atividade. 56% das empresas registou perdas acima dos 60%.

Como consequência da forte redução de faturação, cerca de 16% das empresas não conseguiu efetuar o pagamento dos salários em novembro e 15% só o fez parcialmente.

Perante esta realidade, 46% das empresas já efetuou despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 30% reduziu o quadro de pessoal entre 25% e 50% e 17% em mais de 50%. Cerca de 17% das empresas assume que não vai conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Mais de 48% das empresas refere que, caso não obtenham incentivos a fundo perdido, nos próximos dois meses, não dispõem de tesouraria suficiente para manter os seus negócios.

Cerca de 78% das empresas explora os seus negócios em espaços arrendados. 62% das empresas já tentou reduzir o valor da renda mensal, no entanto, 65% dos senhorios não aceitou qualquer redução. As rendas comerciais pesam, em regra, em 20% dos custos de funcionamento. Perante esta situação, 45% dos arrendatários já est´ em incumprimento (65% já tem três ou mais meses de rendas em atraso).

 

Alojamento turístico

No alojamento turístico, 39% das empresas não registou qualquer ocupação no mês de novembro e 32% indicou uma ocupação máxima de 10%. Para o mês de dezembro, cerca de 45% das empresas estima uma taxa de ocupação zero e mais de 32% perspetiva uma ocupação máxima de 10%. Para os meses de janeiro e fevereiro, a estimativa de ocupação zero agrava-se, sendo referida por mais de 56% das empresas.

Mais de 18% das empresas pondera avançar para insolvência por não conseguir suportar todos os normais encargos da sua atividade. Para as empresas inquiridas, a quebra de faturação do mês de novembro foi devastadora: 39% das empresas registou perdas acima dos 90%.

Como consequência da forte redução de faturação, mais de 25% das empresas não conseguiu efetuar pagamento de salários em novembro e 9% só o fez parcialmente.

Ao nível do emprego, 28% das empresas já efetuou despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 33% reduziu o quadro de pessoal entre 25% e 50% e cerca de 27% em mais de 50%. Mais de 14% assume que não vai conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

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