De acordo com o Insight View, 38% das empresas da indústria alimentar, considerando todas as empresas classificadas em base de dados com o CAE 10 – Indústria alimentar, apresenta um baixo risco de incumprimento. Relativamente ao volume de negócios, este sector tem mostrado um crescimento bastante sólido, nos últimos anos, tendo apresentado um crescimento de 7% na faturação, em 2021. Do total do volume de negócios, as exportações representam 22%.
A indústria alimentar em Portugal apresenta uma grande dispersão geográfica, com uma concentração significativa de empresas nos cinco distritos líderes: Lisboa (16%), Porto (15%), Aveiro (7%), Braga (6%) e Setúbal (6%). Esses distritos juntos representam metade das empresas da indústria alimentar em Portugal.
As empresas da indústria alimentar que foram constituídas nos últimos cinco anos totalizam 26%, enquanto 28% já tem entre seis e 15 anos. Cerca de 19% das empresas foi constituído entre 16 e 25 anos, sendo que 27% tem mais de 25 anos. As empresas com mais de 25 anos são as que lideram no que toca a volume de negócios, com um total de 73% do sector, seguidas das que têm entre 16 e 25 anos (12%). As restantes empresas faturam 14% do total.
Micro e pequenas empresas
Relativamente à dimensão das empresas, o sector é composto, quase na sua totalidade, por micro e pequenas empresas, que totalizam aproximadamente 94%. As restantes dividem-se por empresas médias (5%) e de grande dimensão (1%). Contudo, em termos de volume de negócios, as microempresas apenas representam 4% do total de volume de negócios. As pequenas empresas faturam 12% do total da indústria alimentar e as de média dimensão 29%. Apesar de apenas 1% destas empresas ser de grande dimensão, lideram no total de faturação, com 55%.
Na evolução da tesouraria, os prazos médios de pagamentos a fornecedores aumentaram de 65 para 69 dias, no último exercício financeiro. No entanto, os prazos médios de recebimentos de clientes diminuíram de 65 para 64 dias. Estes números demonstram que as empresas da indústria alimentar, neste momento, conseguem financiar-se com o dinheiro dos seus clientes, já que recebem antes de pagar aos seus fornecedores.