A L’Oréal regressou aos crescimentos no terceiro trimestre, após ter superado o impacto da Covid-19. Entre julho e setembro, as vendas comparáveis cresceram 1,6%, para os 7.037 milhões de euros.
Neste período, destacam-se os crescimentos a dois dígitos das divisões de Active Cosmetics (29,9%) e de produtos profissionais (11%). Os produtos de consumo também cresceram (0,8%), mas o negócio de luxo contraiu 6,2%. “O grupo voltou a crescer neste terceiro trimestre graças à determinação e relevância das decisões estratégicas tomadas em todas as divisões e zonas geográficas”, assinala Jean-Paul Agon, presidente e CEO da L’Oréal.
Em termos absolutos, a evolução das vendas da multinacional, no terceiro trimestre, foi 2% inferior a 2019.
No conjunto dos primeiros nove meses deste ano, as vendas somaram 20.113 milhões de euros, menos 7,4% numa base comparável e menos 8,6% em valores absolutos.
Mudança na liderança
“Num ambiente sanitário que continua a ser difícil e incerto, os resultados do terceiro trimestre fortalecem a nossa ambição de conseguir um crescimento homogéneo para o segundo semestre e gerar uma rentabilidade sólida”, acrescenta Jean-Paul Agon.
Uma ambição que será consolidada por Nicolas Hierominus, que em 2021 irá suceder a Jean-Paul Agon na direção executiva do grupo.
Como os estatutos da empresa não preveem qualquer exceção à idade legal de reforma de 65 anos, Jean-Paul Agon deverá encerrar as suas funções como CEO, antes de julho de 2021.Neste contexto, o Conselho de Administração anunciou a sua intenção de dissociar as funções de chairman e CEO, renovando o mandato de Jean-Paul Agon como chairman, cargo que exerce desde 2011, e nomeando Nicolas Hieronimus como CEO.
Nicolas Hieronimus juntou-se à L’Oréal há 33 anos e passou toda a sua carreira no grupo, em muitos países e divisões de negócio. Tem sido o vice-diretor executivo responsável pelas divisões desde 2017. “A nossa comissão tem vindo a trabalhar, há mais de 18
meses, na futura governação da L’Oréal e no plano de sucessão de Jean-Paul Agon como CEO, numa abordagem que queríamos que fosse virada para o futuro, objetiva e exigente. Depois de estudar os principais desafios do grupo para os próximos anos, o comité selecionou vários candidatos, tanto homens como mulheres, com as competências e qualidades pessoais necessárias para enfrentar com sucesso estes desafios. Nicolas Hieronimus emergiu como o candidato mais legítimo para suceder a Jean-Paul Agon como CEO. A sua nomeação foi, portanto, recomendada ao comité, com o pleno acordo de Jean-Paul Agon”, explica Sophie Bellon, presidente da Comissão de Nomeações e Governação e diretora independente.
Barbara Lavernos, que liderará a Investigação, Inovação e Tecnologia, a partir de fevereiro de 2021, será nomeada vice-diretora executiva.
Estas alterações entrarão em vigor a 1 de maio de 2021.
