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Unicer encerra fábrica de Santarém até maio de 2016

A Unicer vai proceder ao reajuste da sua estrutura produtiva, nomeadamente irá proceder ao encerramento da fábrica de Santarém. A RICAL – Empresa Produtora de Refrigerantes e Águas irá fechar portas até maio de 2016. Medida tomada face à retração de alguns mercados, nomeadamente Angola, onde a empresa realiza uma boa parte dos seus negócios fora de Portugal e que levou a Unicer a tomar a decisão de encerrar a unidade fabril onde produzia refrigerantes.

“A redução no volume de negócios da empresa, subjacente a uma quebra no mercado cervejeiro angolano que se estima em 30%, terá impacto no desempenho de 2016, com o exercício de 2015 ainda a beneficiar dos efeitos de um rigoroso plano de contenção de custos oportunamente implementado”, pode-se ler no comunicado de imprensa.

Considerando o foco nos seus negócios estratégicos e os baixos níveis de utilização da capacidade instalada em Santarém – algo que, entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, veio contradizer publicamente ao dizer ter informações de que tinha havido, nos últimos tempos, um aumento da produção e alguns investimentos pontuais – a Unicer vai recorrer a um parceiro para a produção das suas marcas de refrigerantes e, desta forma, desativar esta sua unidade. Para além desta medida, “será ainda reajustada a capacidade produtiva global e a estrutura de suporte ao negócio”. Recorde-se que já, em 2013, a Unicer havia encerrado a fábrica de cerveja em Santarém, deslocalizando a produção para Leça do Balio, decisão tomada no âmbito do projeto de consolidação industrial da cervejeira. O objetivo de então era o mesmo de agora: melhorar a eficiência e competitividade da companhia.

A empresa reitera estar empenhada em encontrar uma solução que minimize o impacto das medidas anunciadas, junto dos, aproximadamente, 140 colaboradores que irão ser visados com esta medida de racionalização da sua capacidade instalada. “O acordo com o parceiro de negócio, que passará a assegurar a produção e enchimento das suas marcas de refrigerantes, permitirá assegurar a empregabilidade a uma parte dos colaboradores afetos a Santarém, estando ainda a ser identificadas oportunidades de mobilidade interna na estrutura global da empresa”, pode-se ler no mesmo documento. Contudo, no âmbito do processo agora anunciado, o despedimento surge como inevitável, com um impacto efetivo na ordem dos 7%, ou seja, correspondente a 105 pessoas. “Para esse efeito, foi constituído um programa de apoio que inclui condições acima do quadro legal, bem como um programa de outplacement e formação focados na empregabilidade”, acrescenta a mesma fonte.

Apesar da conjuntura adversa motivada pela queda do preço do petróleo, a Unicer assume que Angola continua a ser um mercado prioritário no negócio da empresa, designadamente no que respeita ao compromisso para com o projeto de investimento industrial em curso.

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