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Subida das commodities leva a aumento nos preços

Foto Shutterstock

Alimentos básicos, como o trigo, o milho e a soja, tornaram-se muito mais caros, o que está a potenciar um aumento de preços em muitos outros produtos.

Segundo o Bloomberg, o preço dos mais importantes produtos agrícolas atingiu o valor mais elevado em quase nove anos, pelo que os supermercados deverão acompanhar a tendência.

O aumento dos preços deve-se, sobretudo, à elevada procura da China. Ao longo do último ano, o preço do milho duplicou, enquanto que os da soja e o do milho subiram, respetivamente, 80% e 30%, respetivamente. Para além disso, não existem grandes perspetivas de uma mudança de situação iminente, especialmente porque as colheitas no Brasil e nos Estados Unidos da América têm sido ameaçadas pelas condições meteorológicas adversas.

 

Ameaça global

A subida do preço das commodities poderá ter impacto em vários negócios e no rendimento dos consumidores, numa altura em que se procura potenciar a recuperação económica, após a crise causada pela pandemia de Covid-19. Abdolreza Abbasian, economista na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) antecipa que os preços cresçam ainda mais e que os próximos tempos serão difíceis.

O Bloomberg dá como exemplo deste aumento de preços nos alimentos, entre outros, o encarecimento das tortilhas no México. No Brasil, a carne tornou-se também mais cara e nos Estados Unidos da América o preço do bacon começou a subir. A situação já levou a intervenções estatais, como na Rússia, um dos maiores exportadores mundiais de cereais, onde os preços no retalho de vários produtos foram congelados e tomadas medidas para limitar as exportações, e na Bolívia, onde as exportações de carne bovina foram temporariamente proibidas, de modo a assegurar o consumo doméstico e controlar a subida dos preços.

 

Aumento inevitável

A consultora OC&C Strategy Consultants indica que, na Europa, existe normalmente um atraso de seis meses entre a subida do preço das commodities e o seu reflexo nos preços ao consumidor. Os fabricantes e os retalhistas usam, de um modo geral, várias técnicas para mitigas este impacto, como o desfaseamento das promoções ou a redução do tamanho das embalagens, mantendo os preços inalterados. Porém, “uma vez que os preços das principais commodities, como o trigo, o açúcar e o óleo, comecem a subir durante um período sustentado, os fabricantes não têm outra escolha senão passar ao consumidor esses custos mais elevados”, indica Will Hayllar, managing partner na OC&C.

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