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Preços mundiais dos produtos alimentares continuam a descer em junho

Foto Shutterstock

O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) registou uma média de 122,3 pontos em junho, menos 1,7 pontos (1,4%) do que em maio, continuando a tendência descendente, com uma média de 37,4 pontos (23,4%) abaixo do nível máximo atingido em março de 2022.

A queda mensal do índice em junho deveu-se a descida nos índices de açúcar, óleos vegetais, cereais e lacticínios, enquanto o índice de preços da carne permaneceu praticamente inalterado, disse a agência.

Em concreto, o índice de preços dos cereais registou uma média de 126,6 pontos em junho, menos 2,7 (2,1%) do que em maio e 39,7 (23,9%) abaixo do valor alcançado há um ano. A descida mensal reflete uma queda dos preços mundiais de todos os principais cereais.

Por seu turno, o índice de preços dos óleos vegetais situou-se em média em 115,8 pontos em junho, o que representa um decréscimo de 2,9 (2,4%) face a maio e constitui o valor mais baixo desde novembro de 2020. A queda contínua do índice deveu-se aos preços mundiais mais baixos dos óleos de palma e girassol, que mais do que compensaram o aumento das cotações da soja e do óleo de colza.

Quanto ao índice de preços dos lacticínios, registou uma média de 116,8 pontos, ou seja, menos 1 ponto (0,8%) do que em maio e menos 33,4 (22,2%) do valor de há um ano. A diminuição registada em junho deveu-se também aos preços internacionais mais baixos do queijo, refletindo as amplas disponibilidades de exportação, especialmente na Europa Ocidental, onde a produção de leite registou um aumento sazonal, enquanto as vendas a retalho foram algo moderadas.

O índice de preços da carne também teve uma média de 117,9 pontos em junho, praticamente inalterado em relação a maio, já que o aumento das cotações internacionais de aves e suínos foi quase compensado por uma queda nas carnes bovina e ovina. No entanto, em relação ao seu valor em junho do ano passado, o índice recuou 8,1 pontos (6,4%).

Por fim, o índice de preços do açúcar teve uma média de 152,2 pontos em junho, 5,1 (3,2%) menos do que em maio, representando a primeira queda após quatro meses consecutivos de alta. No entanto, as cotações internacionais do açúcar permaneceram 34,9 pontos (29,7%) acima do nível registado no mesmo mês do ano passado. A queda nos preços internacionais do açúcar em junho foi impulsionada, principalmente, pelo forte desempenho da colheita de cana-de-açúcar do Brasil em 2023/24 e pela fraca procura global de importação, particularmente da China, o segundo maior importador de açúcar do mundo.

 

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