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Regresso ao trabalho e à escola afeta crescimento das vendas de grande consumo

Foto Shutterstock

O regresso ao trabalho e à escola por parte dos consumidores, após umas férias de verão mais locais, está a ser feito na expectativa de uma segunda vaga de contágios, limitações à sua mobilidade, menos socialização e momentos de lazer fora de casa. Assim o indica um estudo da IRI sobre o sector dos Fast Moving Consumer Goods (FMCG) na Europa Ocidental e nos Estados Unidos da América.

Na Europa, o regresso à escola e ao trabalho afetou o crescimento das vendas em valor, que, no último mês, aumentaram 4,4%, o que compara com os 6,3% do último ano e os 4,8% das últimas 13 semanas.

As vendas em valor dos produtos não alimentares são lideradas pelo mercado francês, seguido pelo norte-americano e o italiano. Nos Estados Unidos, as vendas destes tipos de produtos desceram quase 2,5% desde julho até ao final de setembro.

Com o consumo fora do lar a continuar a ressentir-se dos efeitos da pandemia, os consumidores estão a optar por produtos de maior qualidade. As vendas de ingredientes continuem em alta, dado que se cozinha mais em casa, mas as de cosmética, por exemplo, estão a ser penalizadas por um contexto com grande incidência do teletrabalho.

 

Marcas próprias em queda

O estudo revela que o mercado norte-americano está atrás dos europeus em matéria de promoções, com uma queda de quase 10% face aos níveis de há um ano, embora com algumas recuperações, especialmente em alimentos e bebidas, onde as promoções apenas desceram 3,2% nas últimas cinco semanas.

Na Europa, por sua vez, em linha com os resultados de há um mês, as promoções continuam a aumentar, tendo subido 4,1% nas últimas cinco semanas. Por outro lado, durante as últimas semanas, as marcas da distribuição experimentaram uma leve descida (33,3% nas últimas cinco e 13 semanas face aos 34,1% registados nas últimas 52), com as marcas de fabricante a recuperarem quota.

Já nos Estados Unidos, as vendas de marcas de fabricante de alimentos e bebidas mantiveram-se fortes e consistentes com os níveis de há um ano, com um crescimento de mais de 10%. Também neste mercado, a marca própria perdeu quota.

De facto, a IRI constata que a marca da distribuição está a manter-se num nível mais baixo que o antecipado. São as marcas de pequenas e médias empresas que estão a sair como ganhadoras na maioria dos países.

 

Hipermercados recuperam

Apesar do crescimento do online continuar a ser elevado, recentemente, o desempenho dos hipermercados melhorou, considerados pelos consumidores pelos consumidores como o melhor local para manter o distanciamento social e, ao mesmo tempo, fazer uma cesta de compras completa.

Apesar de um contexto económico favorável, os discounters estão a debater-se da concorrência de outros canais, assinala a IRI, que aponta a falta de investimento no e-commerce como um dos seus pontos fracos.

 

Época festiva

Na próxima época festiva, onde as viagens deverão ficar para segundo plano, os produtos premium poderão servir de compensação. A IRI observa um comportamento de apoio ao que é nacional, preferindo comprar marcas e produtos locais, mas desde que sejam ao melhor preço. De resto, o preço converteu-se num tema de grande interesse, já que o desemprego tornou a crescer significativamente na maioria dos países europeus e nos Estados Unidos da América.

Contudo, segundo a análise da consultora, as inovações poderão servir para mudar o foco do preço para a experiência do consumidor. O valor da marca e a inovação são os elementos indispensáveis que impulsionam o crescimento das categorias.

Como o online continua a ser o canal ganhador, a cadeia de abastecimento terá que sustentar este crescimento, evitando as ruturas de stock que são um motivo de bloqueio para os compradores.

 

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