A Hardlevel – Energias Renováveis pretende chegar ao final de 2023 com uma rede de 165 autarquias parceiras e um global de 3.300 oleões espalhados pelo país. Ou seja, uma expansão de 18% no número de concelhos abrangidos e de 16% no total de unidades de descarte de óleos alimentares usados (OAU).
Em 2022, a Hardlevel integrou mais 40 municípios (um crescimento de 40%) no fluxo de reciclagem de gorduras alimentares domésticas, num total de 350 novos pontos de recolha destes resíduos (mais 14% relativamente ao ano precedente).
Na atualidade, o circuito de valorização de OAU deste operador serve estruturalmente cerca de cinco milhões de portugueses (140 municípios e 2.850 contentores de recolha).
“Em 2022, entraram para a nossa cadeia de processamento ambiental 40 novas autarquias”, confirma Salim Karmali, administrador e cofundador da Hardlevel, juntamente com o seu irmão, Karim Karmali. Alcoutim, Alijó, Armamar, Azambuja, Borba, Chaves, Constância, Entroncamento, Ovar, Porto de Mós, Proença-a-Nova, Sardoal, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, entre outras, fazem parte da lista de novas adesões.
A entrada de novas localidades para a rede de reciclagem de OAU instalada está a ser feita ao mesmo tempo que outros parceiros vão reforçando a sua participação neste esforço ambiental coletivo. E “com um upgrade em número de contentores, atualização qualitativa dos mesmos (de nova geração, com sensores e alimentação por painéis fotovoltaicos) e prolongamento dos anos de contrato”, salienta Salim Karmali.
Exemplo disso mesmo é a renovação do serviço com a Ecobeirão – Sociedade de Tratamento de Resíduos do Planalto Beirão (uma entidade intermunicipal), com alargamento da rede de 262 para 300 oleões, numa subida de 15%. Ou com o município de Alenquer, que alargou a malha de equipamentos de recolha de 27 para 45, ou seja, um crescimento de 67%.
O aparato montado evita, assim, cada vez mais com maior sucesso, que estes desperdícios vão parar ao oceano, danifiquem as redes de saneamento ou onerem ainda mais o processo de filtragem nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
Óleo alimentar
Um litro de óleo de cozinha, recorde-se, consegue poluir cerca de um milhão de litros de água, tão só o que uma pessoa consome em média em 14 anos de vida. Em Portugal, as estimativas oficiais conhecidas apontam para uma produção de óleos alimentares usados, pelo menos, a rondar as 65.000 toneladas anuais
Convenientemente tratadas, as gorduras alimentares usadas potenciam a economia circular que produz, por exemplo, diferentes tipologias de biocombustível.