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Preço entre as barreiras ao consumo sustentável

Foto Shutterstock

O preço é uma das principais barreiras ao consumo sustentável. De acordo com um estudo da Kantar divulgado em Espanha, 77% dos consumidores afirma que os produtos sustentáveis ou éticos são sempre mais caros que o resto da categoria.

Outra das barreiras prende-se com o impacto, com 65% a não sentir estar a fazer uma grande diferença com o seu comportamento individual. Assim como a informação, com 73% a declarar não ter informação suficiente para diferenciar os produtos sustentáveis dos que não o são.

Não obstante, 85% dos consumidores crê que é importante comprar produtos de empresas que apoiem as causas que lhes interessam e 57% estaria disposto a pagar mais por produtos mais amigos do ambiente.

 

Diferenças

O estudo revela que existem diferenças entre as intenções e os comportamentos reais dos consumidores. Mais de metade (56%) reconhece que, apesar de preocupado com a contaminação do mar, ocasionalmente, compra produtos cobertos por uma desnecessária quantidade de plástico. Entre os que se mostram preocupados com a perda de biodiversidade, 63% reconhece que comprou produtos não certificados como de origem sustentável, casos do peixe ou do óleo de palma, por exemplo.

Diminuir o uso de plástico, favorecer a produção local ou a utilização de embalagens reutilizáveis estão entre as ações que os consumidores gostariam de fazer, mas que ainda não integraram na sua plenitude.

 

Ações sustentáveis

Gestos como levar os seus próprios sacos de compras, reciclar tudo o que seja possível, reduzir o consumo de energia e de água em casa, comprar menos roupa ou usar meios de transporte mais ecológicos estão entre as ações que já são levadas a cabo e que se consideram reforçadas e facilitadas.

Em contrapartida, evitar produtos plastificados, comprar artigos que não impliquem testes em animais e de origem animal ou a utilização de embalagens reutilização nas compras são atitudes desejáveis, mas que por distintas ordens de razão não estão a ser concretizadas.

Além disso, viajar menos ou doar regularmente para causas relacionadas com o ambiente são atividades com menor implicação, mas também realizadas. Outros gestos menos repetidos são a compra de produtos em segunda mão e de produtos certificados pela sua sustentabilidade ou procedentes de animais criados em liberdade. Este tipo de ações deve, contudo, ser tido em conta pelas marcas, uma vez que a sua menor implicação pode estar derivada de dificuldades existentes em as levar a cabo.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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