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Portugueses acreditam no crescimento do emprego

Os indicadores de propensão para comprar e de expectativas económicas e de rendimento não se desenvolveram de forma uniforme em toda a Europa, de acordo com o estudo GfK Clima do Consumidor.

Em Portugal, os consumidores preveem que o crescimento económico continue a evoluir moderadamente nos próximos meses, resultado da descida contínua das taxas de desemprego.

O início do terceiro trimestre foi marcado pela decisão do Reino Unido em sair da União Europeia, no final de junho. Em quase todos os países europeus e, sobretudo, no Reino Unido, a confiança do consumidor e, em especial, as expectativas económicas desceram, em alguns casos, drasticamente. O clima do consumidor na UE28 decresceu 13,1 pontos em junho para 10,0 pontos em julho. Em setembro, recuperou para os 12,3 pontos. Em agosto, no entanto, os debates acerca do Brexit reduziram-se significativamente em toda a Europa. Prevaleceram outros temas específicos de cada país. Apenas será possível prever com certeza as implicações do Brexit sobre o ânimo dos consumidores europeus após o início efetivo das negociações e da aproximação da saída do Reino Unido.

Em termos económicos, a Europa está a desenvolver-se positivamente. Quase todos os países indicaram crescimento económico e, em alguns casos, com taxas bastante positivas. Tal reflete-se também nos números do desemprego. Na maioria dos países, o emprego está a aumentar e as taxas de desemprego a decrescer. No entanto, estes aspetos positivos não estão a conduzir a um aumento fundamental nas expectativas económicas e de rendimento dos consumidores. A propensão para comprar também não foi sempre consistente com o desenvolvimento económico geral de cada país. Outras questões específicas de cada país parecem também estar em causa, assim como fatores psicológicos e incertezas fundamentais, como a guerra na Síria, os ataques terroristas em França e na Alemanha, o crescimento dos partidos populistas de direita nas eleições e sondagens e as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos da América.

Em Portugal, os consumidores preveem que o crescimento económico continue a crescer moderadamente nos próximos meses. No entanto, acreditam que o ritmo irá abrandar. Da mesma forma, as expectativas económicas mantiveram-se a um bom nível em setembro, com 14,8 pontos, apesar da descida de 2,5 face a junho.

Por outro lado, as expectativas de rendimento subiram ligeiramente durante o terceiro trimestre, de 17,5 pontos em junho para 20,1 pontos em setembro. Este desenvolvimento deve-se parcialmente à descida contínua das taxas de desemprego. Se mais pessoas estiverem novamente empregadas, os respetivos rendimentos irão aumentar automaticamente em resultado disso. Os consumidores portugueses parecem acreditar que os números do desemprego irão continuar a subir ligeiramente durante os meses de inverno.

Esta opinião teve um efeito direto sobre a propensão para comprar. Com -16,6 pontos em setembro, este indicador é muito inferior à média a longo prazo de 0 pontos e a maioria dos portugueses apenas tem dinheiro suficiente para comprar os produtos essenciais do dia-a-dia. No entanto, mantém-se a tendência de subida ligeira. O indicador subiu 4,9 pontos desde junho.

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