A nova edição do “Estudo de Impacto Socioeconómico”, realizado pela consultora KPMG e apresentado esta quinta-feira, dia 10 de novembro, no À Margem, em Lisboa, revela um crescente contributo do Lidl para a geração de riqueza e emprego no país. Só em 2021, este contributo representou 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, percentagem destacada por Pedro Silva, Director Management Consulting da KPMG, pelo facto de coincidir com o período da pandemia.
De acordo com este responsável, o estudo baseia-se numa metodologia de Input/Output com suporte nas bases do Instituto Nacional de Estatística (INE) e o que este define como cadeias de valor e a sua desagregação ao longo das mesmas. Os dados referentes ao triénio 2019-2021 revelam que, neste período, o Lidl gerou, de forma direta, indireta e induzida, ou seja, considerando toda a envolvente da cadeia de valor, mais de sete mil milhões de euros para a economia do país. Só em 2021, a contribuição da empresa foi de 2.610 milhões de euros, refletindo que, por cada um euro gasto pelo Lidl, houve um incremento de 73%, resultando em 1,73 euros gerados na economia portuguesa.
Deste impacto económico total do Lidl, em 2021, 58% corresponde à contribuição direta através do pagamento a fornecedores, de salários e impostos, 17% ao impacto indireto e 25% ao impacto induzido. “O Lidl tem um papel bastante relevante na dinamização da economia nacional, com principal destaque para o desenvolvimento do sector primário e da indústria alimentar portuguesa. Os resultados obtidos no ‘Estudo de Impacto Socioeconómico do Lidl em Portugal’ demonstram o contributo significativo da empresa para a riqueza nacional e a geração de emprego, fruto de uma operação que tem por ambição uma forte aposta e valorização das empresas e produtos nacionais”, afirma Pedro Silva.
6% de aumento médio anual
Durante o período de três anos de âmbito desta segunda edição do estudo, houve um aumento médio anual de 6% na geração de riqueza na economia nacional por parte do Lidl. “Se alargamos o período temporal para abarcarmos os dois estudos, nestes sete anos, o crescimento médio anual é ainda superior: cerca de 7%”, detalha o responsável da KPMG.
Os sectores onde o Lidl mais contribuiu para a geração de riqueza são, sobretudo, o dos produtos agrícolas (29%) e o dos produtos alimentares (21%), que no seu conjunto representam 50%. Mas há também a destacar o das bebidas (9%), o dos cosméticos e produtos de limpeza (2%) e, mais importante ainda, o da construção de edifícios (11%), a que não será alheio o investimento que a insígnia tem feito na sua expansão e remodelação do parque de lojas. Efetivamente, no ano fiscal de 2022, cujo término será em fevereiro próximo, o Lidl alocou um investimento de mais de 200 milhões de euros, dos quais, avança Bruno Pereira, administrador de compras da insígnia em Portugal, 125 milhões de euros se referem à modernização do parque de lojas.
60 mil postos de trabalho
Outra área privilegiada pelo Lidl, em termos de investimento, são os recursos humanos, com Bruno Pereira a destacar os recentemente anunciados 8,4 milhões de euros destinados a aumentos salariais, 93% direcionados aos colaboradores de loja e de entreposto.
Atualmente, o Lidl dá emprego direto a nove mil pessoas, em Portugal, mas, como mostra o estudo da KPMG, considerando o contributo indireto, ascende a 60 mil postos de trabalho criados. Ou seja, só em 2021, por cada posto de trabalho gerado pelo Lidl, foram criados adicionalmente 7,3 novos empregos.
Pedro Silva sublinha que este conjunto de empregos está muito relacionado com a aposta feita pela insígnia na produção nacional, “que permite incrementar não só aquele que é o negócio do Lidl, como toda a cadeia envolvente“. E o estudo confirma que é o sector agrícola aquele onde a maior parte destes empregos foi gerada, com 41%. Considerando os últimos três anos, o Lidl continuou a contribuir para a criação de emprego no país, quer através da contratação direta de colaboradores para suportar a sua operação – mais 11% de força laboral neste período – quer através do seu impacto indireto, registando um aumento médio de 7% ao ano.
Compromisso com Portugal
Para Bruno Pereira,“os resultados deste estudo refletem o impacto crescente do Lidl na economia nacional e são consequência de um compromisso sério com Portugal, com os nossos colaboradores e clientes, assim como com os produtores e fornecedores nacionais. É com orgulho que os apresentamos e que nos reafirmamos como uma mais-valia para sociedade e economia em que nos inserimos. Continuaremos a trabalhar com a premissa de oferecer a máxima qualidade ao melhor preço e a investir igualmente em relações sólidas e duradouras com todos os nossos ‘stakeholders’”.
A este respeito, o administrador de compras do Lidl Portugal destaca iniciativas como o Da Minha Terra, programa de apoio à produção nacional lançado durante a pandemia e que permitiu a um conjunto de microprodutores poder fornecer as lojas da cadeia retalhista, assim como o incentivo às exportações agroalimentares nacionais, contribuindo para colocar a produção portuguesa em lojas de mais de 25 países onde a insígnia está presente. De acordo com um outro estudo da KPMG, este apoio do Lidl equivale a 2% do total das exportações agroalimentares nacionais para a União Europeia.