As maiores economias do mundo continuam a abrandar o seu crescimento. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) adverte que as maiores economias do mundo continuarão a perder força durante os próximos seis a nove meses, de acordo com o principal indicador da organização.
Entre as principais economias da OCDE, o indicador prevê um abrandamento do crescimento no Canadá, no Reino Unido, nos Estados Unidos e na zona euro, incluindo as suas três principais economias: França, Alemanha e Itália. Em contraste, a organização espera um crescimento sustentado no Japão.
Entre as economias emergentes, prevalece também um abrandamento do crescimento e espera-se que o crescimento do produto interno bruto (PIB) abrande na China e no Brasil, enquanto se espera que a Índia registe um crescimento estável.
A OCDE compila as estatísticas com base em indicadores tais como licenças de construção, indicadores de confiança, taxas de juro de longo prazo, registos de automóveis novos e exportações.
Inflação
“Com incertezas persistentes relacionadas com a guerra na Ucrânia, novas ameaças do Covid-19 e o impacto da alta inflação nos rendimentos reais das famílias, as componentes poderiam estar sujeitas a flutuações maiores do que as habituais“, adverte a OCDE.
Na semana passada, a OCDE advertiu sobre o efeito da inflação sobre o poder de compra dos trabalhadores. Em Espanha, a queda no valor dos salários será de 4,5% no final de 2022, um valor apenas ultrapassado pela Grécia, que se situa em 6,9%.
Em Itália, o poder de compra dos trabalhadores deverá diminuir 3,1%, no Reino Unido 2,9% e na Alemanha 2,6%. Nos Estados Unidos, os salários reais dos trabalhadores cairão 0,6% em 2022, de acordo com a agência sediada em Paris.
“Neste contexto, os governos deveriam considerar medidas de apoio temporárias, testadas em termos de recursos e direcionadas“, argumenta a organização. Apesar da escassez do mercado de trabalho, a taxa de desemprego nos países da OCDE caiu para 4,9%.