A inflação homóloga dos produtos alimentares no conjunto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) atingiu os 16,1%, em outubro, mais oito décimas de ponto percentual do que em setembro e o nível mais elevado desde maio de 1974.
Os preços dos alimentos aceleraram em 33 dos 38 países membros da OCDE, sendo a Turquia (99%), a Hungria (42,9%), a Lituânia (33,7%), a Letónia (29,5%), a Estónia (28%) e a Colômbia (27%) os seis membros onde inflação dos produtos alimentares mais aumentou. No conjunto da zona euro, o aumento foi um pouco mais moderado (15,5%).
Inflação global
Como resultado do aumento dos preços dos alimentos, a inflação global na OCDE atingiu, em outubro, 10,7%, mais duas décimas de ponto percentual do que em setembro. 18 dos países membros registaram uma inflação homóloga de dois dígitos e, mais uma vez, destacaram-se a Turquia com uma taxa de 85,5% e as três repúblicas bálticas, com taxas acima dos 20%.
Apenas países fora da Europa, como o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália, o México e os Estados Unidos, menos afetados pela crise energética resultante da guerra na Ucrânia, bem como a França (6,2%), o Luxemburgo (6,9%) e a Suíça (3%) ficaram abaixo da média da OCDE.
Em outubro, o aumento dos preços da energia abrandou globalmente, com um crescimento homólogo de 28,1%, que compara com o de 28,8% de setembro. No entanto, o aumento homólogo dos preços da energia foi superior a 10% em 35 países membros da OCDE. México (3,2%), Israel (5,5%) e Espanha (8%) são as exceções à regra.