Durante esta época de crise causada pelo novo coronavírus, os consumidores esperam que as marcas estejam à altura, aportem valor real, atuem responsavelmente e façam o correto para a sociedade, incluindo os seus colaboradores, conclui o estudo “IPG Mediabrands Spotlight”.
“O consumidor quer continuar em contacto com as marcas e procura uma comunicação específica no momento que vivemos, que lhe dê confiança”, indica o estudo.
64% dos consumidores pedem às marcas uma comunicação específica pela situação que se está a viver, enquanto 31% prefere uma comunicação normal. 67% quer escutar mensagens de confiança e socialmente responsáveis, ao passo que 22% quer mensagens sobre produtos e ofertas. Uma vez finalizada a crise, 59% dos consumidores preveem que a sua relação se fortalecerá com as marcas que tenham agido corretamente, mas 13% afirma que será pior com aquelas que tenham dececionado.
Neste contexto, o estudo destaca que as marcas devem colocar o consumidor em primeiro lugar e, para tal, devem manter o otimismo, com mensagens cuidadas. As marcas devem, ainda, refletir o sentimento dos consumidores locais, o contexto emocional e as normas culturais. O estudo relembra, também, que os consumidores procurarão as marcas para facilitar as suas atividades de entretenimento digital.
Paralelamente, é aconselhado que as marcas sejam inteligentes e evitem comunicações oportunistas, considerem o contexto das inserções nos media para aproveitar ao máximo as oportunidades por estes proporcionadas e mantenham a autenticidade em mensagens e conteúdo.
Por outro lado, o estudo recomenda que se torne o e-commerce acessível aos segmentos menos familiarizados, que não se capitalizem as compras de pânico e que se ofereça valor, ao mesmo tempo que se explorem as oportunidades do social commerce e se compreendam os hábitos e preferências de consumo.
Além disso, é importante pensar no curto prazo sem esquecer o futuro e, para tal, é importante manter responsavelmente o investimento publicitário para conquistar “share of voice” e continuar a criar valor de marca, já que esta não é uma oportunidade de venda, mas sim de se ser relevante para o consumidor.
Por último, o estudo sublinha a importância de se começar já a preparar a recuperação e para captar a procura quando esta recupere.