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Apple retira liderança à Amazon como marca mais valiosa do mundo

Foto Shutterstock

A Apple voltou a ser distinguida como a marca mais valiosa do mundo, de acordo com o relatório “Most Valuable Global Brands 2022” da Kantar BrandZ. A empresa tecnológica liderada por Tim Cook assumiu a posição cimeira da lista, ao crescer 55% e atingir um valor de marca de 947.100 milhões de dólares, apesar de um contexto marcado pela profunda incerteza global.

Com este valor, a Apple tirou a Amazon da liderança da lista, que mantinha desde 2019. Apesar de um crescimento de 3%, para os 705.646 milhões de dólares registados nesta edição do estudo, a Amazon caiu para a terceira posição.

A Google está em segundo lugar, subindo da terceira posição, registando um valor de marca de 819.573 milhões de dólares, um valor que representa um aumento de 79%. Este é o crescimento mais significativo das 10 maiores marcas globais, atribuído pela consultoria ao facto das aplicações de trabalho e produtividade da empresa se terem tornado uma parte essencial dos consumidores em todo o mundo.

Além disso, a Kantar destaca o caso da Louis Vuitton, que se torna a primeira marca europeia a figurar entre as 10 mais valiosas do mundo, desde 2010. Graças a um aumento de 64% no seu valor de marca, a empresa francesa de moda passou da 21.ª para a 10.ª posição, com um valor de 124.273 milhões de dólares.

A consultora destaca ainda o crescimento da Tesla, que passa de 47.ª para 29.ª, num contexto de compromisso com a mobilidade elétrica e a sustentabilidade, assim como o caso da Zara, que permanece em 83.º lugar, alcançando um crescimento de 19% e atingindo 25.400 milhões de dólares.

A Kantar destaca ainda as estreias da empresa de energia e química Aramco, no número 16 da lista, da consultora indiana Infosys, na posição 64, e da plataforma latino-americana de comércio eletrónico Mercado Libre, na posição 71.

Apesar do carácter internacional do ranking, a Kantar menciona a força das marcas chinesas, refletida na quinta posição da Tencent e na nona do Alibaba, aos quais se adiciona a presença de, entre outros, WeChat ou TikTok.

 

Valor combinado aumenta 23%

O relatório anual da consultora, elaborado com o recurso a uma base de dados que recolhe informação de mais de quatro milhões de consumidores e mais de 19 mil marcas em 51 mercados, representa uma métrica global para avaliar o valor das marcas e quantificar o seu contributo para o desempenho financeiro das empresas. Na sua 17.ª edição, o estudo volta a destacar a importância da marca sobreviver face às perturbações no mercado.

Após a emergência sanitária, outras questões, como o conflito na Ucrânia, a inflação em todo o mundo ou as crises climáticas e energéticas, continuaram a consolidar o panorama de incerteza para as marcas. Apesar disso, a Kantar BrandZ salienta que o valor combinado das 100 marcas mais valiosas do mundo aumentou 23%, para atingir os 8,7 biliões de dólares, no ano passado. Além disso, 37 marcas conseguiram melhorar a sua posição em comparação com a edição anterior do relatório, embora mais de três quartos do valor do ranking proceda de empresas norte-americanas.

Olhando para as diferentes indústrias, o estudo mostra que as marcas de tecnologia e de luxo foram as que mais cresceram, com 46% e 45%, respetivamente. No entanto, as marcas bancárias (30%) e automóveis (34%) também cresceram significativamente, enquanto a moda cresceu 20% e os cuidados pessoais 17%.

 

Diversificar e inovar para crescer

Entre as conclusões do relatório, a Kantar destaca que as marcas que conseguiram criar o seu próprio ecossistema e inovar e diversificar a sua oferta continuam a crescer, como é o caso da Apple, Google e Amazon. Marcas que se diversificaram em várias categorias e mercados mostraram um crescimento mais rápido em 2022 e têm mais hipóteses de crescimento acima da média.

Da mesma forma, o estudo conclui que as marcas devem garantir a confiança como meio para aumentar a estabilidade e a segurança, não só no desempenho do produto, mas também no desempenho social. Isto significa que o propósito deve ser integrado em toda a organização. A forte afinidade da marca apoia a intenção de compra dos consumidores e nunca foi tão importante para as organizações como é agora, numa altura em que enfrentam um aumento contínuo da inflação.

 

Retalho e FMCG

A Amazon é a marca mais valiosa do mundo no sector do retalho e FMCG, seguida pelo

Alibaba, que reduziu o seu valor em 14%, no ano passado, mantendo-se em 169.996 milhões de dólares. O terceiro lugar vai para a marca chinesa de bebidas alcoólicas Moutai, com um valor de 103.380 milhões de dólares (-5%).

A Coca-Cola melhorou a sua valorização em 12%, atingindo os 97.883 milhões de dólares, logo à frente da retalhista norte-americana The Home Depot, avaliada em 84.220 milhões de dólares (+19%). Segue-se a Walmart, que cresceu 3%, para 61.492 milhões de dólares. A Costco alcançou o maior aumento homólogo do sector, 41%, totalizando 49.614 mil milhões de dólares.

A oitava marca de retalho e FMCG mais valiosa do mundo é a L’Oréal, que também cresceu 24%, em 2022, para 47.480 milhões de dólares. O valor da chinesa JD sofreu uma queda de 17%, mantendo-se nos 36.812 milhões de dólares, enquanto o operador online argentino Mercado Libre estreou-se no ranking, fechando o top 10 sectorial, com 19.916 milhões de valorização.

Juntas, as marcas de retalho têm um valor de 281.695 milhões de dólares, o que lhes confere a quarta posição por sectores.

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