A Nestlé quer ganhar escala no terreno da alimentação personalizada e criar comida adaptada ao ADN de cada cliente.
A multinacional suíça organizou recentemente as jornadas internas Food Tech Week para abordar os desafios e soluções que as novas tecnologias, a digitalização e as mudanças na indústria moderna proporcionam à cadeia de valor alimentar. Entre os convidados para estas jornadas esteve Umahro Cadoga, especialista em alimentação funcional, que falou da convergência entre a genética e a alimentação.
A tecnologia possibilita obter alimentos frescos suficientes com métodos de produção sem fertilizantes, de agricultura vertical, sem o de terra e, até, produzidos no próprio supermercado. Está a transformar o modo de cozinhar e consumidor, através de frigoríficos inteligentes que fazem automaticamente as compras, da produção de alimentos através de impressoras 3Dou do surgimento de novos alimentos que compensam a menor ingestão proteica por parte dos perfis vegetarianos e vegan.
A análise ao ADN abre novas possibilidades no mundo da alimentação e será uma das apostas da Nestlé, ao saber que tipo de alimento precisa cada cliente e oferecer propostas personalizadas. “Se tivermos a informação do ADN de uma pessoa, podemos desenvolver planos alimentares ou menus que incluam os produtos Nestlé”, revela Jesús Alonso, responsável de “insights” da multinacional suíça. “Temos uma base de dados com dois milhões de consumidores com os quais temos programas de marketing relacional e aos quais já enviamos informação nutricional e receitas personalizadas”, acrescenta.
