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Mercadona dispara vendas em março, mas lucro cai 95%

Mercadona

A Mercadona transmitiu aos colaboradores que as vendas recorde de 2.331 milhões de euros, em março, dificilmente se traduziram num lucro de cinco milhões de euros, em comparação com os 57 milhões esperados, segundo um comunicado interno ao qual teve acesso o jornal espanhol El Confidencial.

A situação deve-se ao aumento dos custos derivados da crise de saúde causada pela Covid-19, no valor de 100 milhões de euros. Entre o prémio de 20% para recompensar os esforços dos colaboradores e as medidas para combater o coronavírus, os lucros da empresa caíram.

Por outro lado, a Mercadona gastou, ainda, 14 milhões de euros em material para proteger os trabalhadores, casos de máscaras, géis e divisórias aplicadas nas lojas de Portugal e de Espanha. Segundo o periódico do país vizinho, somente em equipamentos de proteção individual, a empresa paga um total de um milhão de euros por dia, a juntar aos 12 milhões de euros registados em aumentos de transporte e seis milhões em desinfeção de lojas e armazéns.

A queda da margem comercial também poderá estar relacionada com a concentração do abastecimento em produtos básicos, com a insígnia a fechar secções inteiras e o mês de março a ser de grande stress para a logística do operador líder de mercado em Espanha.

Segundo o El Confidencial, “fontes da empresa explicam que esse lucro não responde totalmente à realidade, porque é um valor interno indicativo. Acrescentam que o lucro à venda, no mês de março, foi de 0,2%, quando geralmente tende a ficar em torno de 3%. Segundo as mesmas fontes, a Mercadona terá visto os seus lucros cair 95%”.

 

Vendas sobem 71%

Apesar de os lucros terem diminuído, as vendas em março foram históricas para o sector retalhista em Espanha, ao subirem mais de 71%, segundo dados da Nielsen.

O nervosismo geral que tomou conta de grande parte da população, no início da disseminação da doença, no país vizinho, foi a causa dessas vendas maciças no início do período de confinamento. Foi até questionada, na altura, a possibilidade de que o abastecimento não fosse suficiente e houvesse escassez, o que não só não se verificou, como as vendas a retalho dispararam e multiplicaram por 20 o aumento médio da rotatividade que o sector teve nos dois meses anteriores, destacando-se, nesse contexto, aumentos de vendas de mais de 335% para leguminosas e 259% para arroz e massas.

A afluência às lojas da distribuição moderna continuou a verificar-se no decorrer do período de confinamento, ainda que com menos intensidade, com a Páscoa a trazer um aumento de vendas de 20% face ao homólogo, com o sector a enfrentar custos imprevistos, não obstante o aumento do volume de negócios.

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