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Confiança do consumidor português melhora no semestre

A confiança dos consumidores portugueses mantém-se estável em 2015, variando apenas dois pontos no final do primeiro semestre, comparativamente ao fecho de 2014. Em concreto, o índice de confiança do consumidor passou de 55 a 57 pontos no primeiro semestre.

Não obstante, a evolução trimestral apresenta um comportamento díspar. Assim, apesar de subir quatro pontos entre janeiro e março, desceu dois pontos entre abril e junho, tal como indica o último Estudo Global de Confiança dos Consumidores elaborado pela consultora Nielsen.

Sendo um país onde, tradicionalmente, se regista um baixo índice de confiança, a sua estabilidade é uma boa notícia, especialmente se for comparado com outras economias periféricas, como a Grécia, onde a confiança caiu 12 pontos no segundo trimestre, relativamente ao primeiro. Por sua vez, em Itália a confiança desceu quatro pontos e mantém-se abaixo de Portugal.

Persiste a preocupação laboral
Facto é que a evolução do mercado laboral em Portugal não se tem vindo a registar positiva e em maio, último mês com números disponíveis e durante o qual se realizou este estudo, a taxa de desemprego aumentou quatro décimas até aos 13,2%, embora este valor seja melhor do que o mesmo mês do ano passado, quando estava situado nos 14%.

O comportamento irregular do emprego em Portugal provoca aos seus cidadãos uma visão pouco otimista do seu futuro laboral a curto prazo. Mais especificamente, 41% afirma que nos próximos doze meses as suas perspectivas laborais são más, enquanto 46% considera serem menos favoráveis. Apenas um em cada dez portugueses afirma que, daqui a um ano, a sua situação no trabalho será positiva. Existe, também, consenso sobre a opinião de que o país se mantém em recessão, sendo esta percepcionada por três em cada quatro cidadãos. A maioria dos consumidores, dois em cada três, pensa que esta situação se irá manter no próximo ano.

Apesar deste contexto económico e laboral, a verdade é que os portugueses se preocupam mais em conciliar o trabalho com a sua vida pessoal do que, propriamente, com a estabilidade do seu emprego, 20% contra 17%, respectivamente.

Medidas de poupança
Durante esta recessão, dois terços dos portugueses terá implementado medidas de poupança para reduzir as contas domésticas. Entre as principais medidas tomadas, estão a poupança com a fatura da luz e gás (66%), a redução da despesa em vestuário (65%), corte nos gastos com lazer fora de casa (63%) e compra de marcas alimentares mais baratas (60%).

Segundo o diretor geral da Nielsen Iberia, Gustavo Núñez, “apesar de os portugueses terem introduzido na sua vida diária medidas de poupança, quando melhorar a situação económica irão diminuir essa contenção de custos, sobretudo com a parte de lazer fora de casa, pois só uma quarta parte manterá a tendência consistente de poupança em sair e gastar menos”.

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