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Mercado da moda em segunda mão duplica de dimensão

Foto Shutterstock

O mercado global de moda de segunda mão deverá duplicar de dimensão, para 350 mil milhões de dólares até 2027, de acordo com o relatório anualmente publicado pela plataforma norte-americana de revenda de moda ThredUp, em colaboração com a consultora GlobalData.

O crescimento do sector está a desacelerar desde 2022, quando atingiu os 28%. Depois de aumentar em 19% em 2023, este ano, a subida deverá ser de 17% para 240 mil milhões de dólares. Em 2025 e 2026, os dados do relatório sugerem que o valor dos bens em segunda mão aumentará 16% e 12,5%, respetivamente, para estagnar num crescimento de 8% em 2027.

 

Impulso do e-commerce e da inflação

O relatório confirma ainda que o comércio online é o principal impulsionador deste mercado. Só nos Estados Unidos, país de origem da ThredUp, as vendas online de roupa em segunda mão crescerão 21% nos próximos cinco anos, atingindo 38 mil milhões de dólares.

No geral, de acordo com dados recolhidos, 37% dos consumidores aumentou os seus gastos com moda em segunda mão nos últimos 12 meses. O inquérito mostra também que o aumento da inflação desempenhou um papel significativo nesta evolução.

Efetivamente, a principal razão para decidir comprar em segunda mão é, de facto, o preço dos artigos. Em segundo lugar está a qualidade, seguida da seleção de artigos que as marcas em segunda mão costumam oferecer.

 

Fidelização dos consumidores motiva aposta das marcas

Este tipo de moda é especialmente popular entre a Geração Z. Em 64% dos casos, ao comprar, estes consumidores procuram ver se aquele produto existe em segunda mão antes de o comprar novo.

Além disso, mais de metade dos jovens diz preferir comprar marcas que também ofereçam uma linha de roupa em segunda mão.

A principal razão que motiva as marcas a começarem a vender roupa em segunda mão é o aumento das receitas, mas a fidelização dos consumidores e a melhoria da sua sustentabilidade também são valorizadas.

De acordo com dados compilados pela ThredUp, só em 2022, 88 marcas lançaram as suas próprias plataformas de revenda, sendo que 82% destas antecipa um retorno positivo do seu investimento. Do total de empresas, quase duas em cada três planeiam integrar este modelo nos seus planos a longo prazo.

 

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