A Mendes Gonçalves, empresa detentora da marca de molhos Paladin, decidiu abrir, em finais de junho, a primeira fábrica em Angola, nomeadamente nos arredores de Luanda, nomeadamente Viana, num investimento estimado de cerca de três milhões de euros e que dá emprego a 20 pessoas.
Com a construção desta fábrica naquele país africano, a proprietária de temperos Paladin inicia, assim, o processo de descentralização da produção até aqui concentrado na unidade produtiva da Golegã, numa aposta em colocar os seus produtos mais próximos dos mercados-alvo. Numa primeira fase, a produção da fábrica angolana está apenas centrada na gama de vinagres da marca portuguesa.
O administrador da Mendes Gonçalves, Carlos Gonçalves, afirma que alargar a produção para Angola irá aumentar a competitividade da marca, principalmente em mercados africanos, como por exemplo o do Congo, dos Camarões e da Zâmbia. Angola funcionará, tal como para outras marcas, como um “hub” para a expansão das vendas da marca no continente africano. De acordo com Carlos Gonçalves, “trata-se de um investimento em contraciclo, dada a situação atual de Angola, mas está em linha com o facto de prepararmos o futuro a médio-longo prazo. E como acreditamos no futuro de Angola, não hesitámos em avançar“.
A estratégia da Mendes Gonçalves para a internacionalização da Paladin tem apostado sobretudo nos países do Magreb e do Médio Oriente e está agora a entrar nos países de África com maior potencial, como o Senegal ou a Nigéria.
Também o diretor de internacionalização da empresa, João Pilão, salienta que a marca já estava em Angola, mas que houve “a necessidade de melhorar a nossa capacidade de resposta e competitividade à crescente procura dos consumidores angolanos pelos produtos da marca”. A mesma fonte reforça que “este investimento foi muito ponderado e enquadra-se na nossa estratégia de acompanhar mercados com elevado potencial de crescimento, por oposição aos mercados tradicionais ocidentais que apresentam crescimentos nulos ou mesmo quebras de consumo“.