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Mais de metade dos gestores mundiais não antecipa uma recuperação económica antes de 2022

Foto Shutterstock

A Kantar inquiriu 4.500 líderes mundiais sobre as perspetivas de recuperação da crise causada pela Covid-19, que não são, de todo, animadoras, com 57% a considerar que só deverá acontecer um ano ou mais após a disponibilidade da vacina. Mais de um quarto (27%) espera, mesmo, que o seu negócio demore, pelo menos, dois anos a recuperar totalmente da crise.

À medida que se aproxima o final do ano, o inquérito confirma o elevado pessimismo quanto à evolução da economia. Mais de dois terços (69%) preveem fechar o segundo semestre de 2020 em perda, com um em cada seis destes gestores a antecipar uma queda de 40% face a 2019.

Como tal, 54% dos negócios expressa uma necessidade de continuação dos apoios à recuperação económica, sobretudo na forma de melhoria das condições fiscais e adiamento de pagamento dos impostos.

 

Investimentos mais reduzidos

Ao nível do marketing, quase dois terços (61%) das empresas reduziram os seus gastos, em 2020, com uma descida média de 37%. Metade confirma ter cortado nos orçamentos de comunicação e media em cerca de 39%.

No mundo pós-pandemia, os gestores antecipam, então, que terão de repensar os seus negócios e estratégias. 90% perspetiva que as mudanças no comportamento do consumidor estabelecidas durante a pandemia se mantenham, mas, curiosamente, quase metade dos inquiridos (48%) indica ir gastar menos em mecanismos para entender a mudança no consumo.

Quanto às medidas preconizadas, 64% dos gestores prevê que será necessário rever as prioridades estratégicas de longo prazo, com 79% a dizer que terá de evoluir a estratégia “core” e 84% a esperar mudar a estrutura organizacional. 72% dos inquiridos irá reavaliar as formas de trabalhar, de modo a potenciar a agilidade e a flexibilidade.

 

Imperativos da recuperação

De acordo com o Barómetro Covid-19 da Kantar, 40% dos consumidores aumentou os gastos de e-commerce durante o isolamento e 45% irá continuar a comprar em lojas online que descobriram durante a pandemia.

Tendo em conta que uma década de trabalho de mudança incremental aconteceu em apenas alguns meses, 95% dos gestores concorda que os gastos com o online irão, provavelmente, aumentar. Mas apenas 55% das empresas investiu nestas capacidades durante a pandemia.

Segundo a Kantar, a testagem de novas abordagens, como o social commerce e os modelos de venda direta ao consumidor, terão de fazer parte das agendas, assim como a pesquisa sobre a mudança das necessidades dos consumidores e a importância de diferentes “touchpoints” nas novas jornadas de compras.

A par da digitalização, o propósito e a sustentabilidade são também imperativos da recuperação. 85% dos consumidores considera que é importante comprar produtos e serviços de empresas que apoiem causas em que acreditem. Na faixa etária dos 18 aos 34 anos, os consumidores consideram que as marcas deverão guiar a mudança. A análise “BrandZ Growth Brands” revela que 51% das marcas que cresceram desempenham um papel ativo na sociedade. Contudo, apenas 34% das empresas planeia incluir este tema na sua agenda.

O terceiro aspeto a considerar está relacionado com a inovação. Quase dois em cada três inquiridos não sentem ter o modelo operacional adequado para serem competitivos. Durante a pandemia, apenas 20% dos negócios cresceu. 59% destes negócios que cresceram ou que, pelo menos, não sofreram perdas fez alterações ao seu modelo, com mais de um quarto a reforçar o investimento em inovação.

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