Retalho
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Investimento em supermercados na Europa cresce 40%

As transações de supermercados e espaços de conveniência reforçaram o investimento em retalho, em 2020, no continente europeu, segundo o estudo da Savills Aguirre Newman. O “European Research” destaca que, apesar da pandemia, o investimento no sector do retalho manteve-se, durante os três primeiros trimestres de 2020, alcançando os 20.900 milhões de euros.

A oferta de produto aumentou por dois motivos: por um lado, os investidores procuram reduzir a sua exposição ao sector do retalho e, por outro, os proprietários ou arrendatários tratam de obter benefícios através da venda ou aluguer. Não obstante, a atividade investidora viu-se reforçada devido ao aumento das vendas de alimentos e produtos de conveniência, que dispararam durante o confinamento”, afirma Eri Mitsostergiou, diretora da Savills European Research.

A consultora destaca que a quota do volume de investimento imobiliário no retalho, no continente europeu, manteve-se nos 17%, em linha com a média dos últimos cinco anos, situada nos 18%. Contudo, sublinha, devido ao processo de transformação do sector, alguns dos ativos transacionados serão utilizados para outros fins.

 

Centros comerciais reduzem investimento

O estudo avança que os supermercados e as lojas de conveniência encabeçaram as listas de investidores, representando 40% do total da atividade de retalho desde o início de 2020, face aos 22% em 2013. Em países como a Alemanha (197%), Espanha (120%), Polónia (64%) e Itália (76%), o investimento foi muito superior à média dos últimos cinco anos.

Pelo contrário, os centros comerciais reduziram o seu investimento para 19%, desde 2013, e representam, atualmente, 25% do total da atividade de investimento no retalho. “Apesar da pandemia ter demonstrado que o comércio de conveniência e os supermercados não são imunes ao auge do e-commerce, ambos os segmentos revelaram-se mais fortes que qualquer outro formato comercial. Os retalhistas que irão sobreviver e, provavelmente, prosperar depois da pandemia otimizaram a sua oferta omnicanal e a sua cadela de abastecimento, diversificando-se para ter um melhor serviço de e-commerce, com lojas de conveniência nas zonas urbanas e melhores espaços para oferecer consumo no local, um conceito conhecido como ‘grocerants’”, explica.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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