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Investimento em imobiliário de rendimento caiu 50% face a 2022

Investimento ascendeu a 1.600 milhões de euros

CBRE investimento

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O investimento em imobiliário de rendimento ascendeu a 1.600 milhões de euros em 2023, de acordo com o balanço divulgado pela CBRE.

O investimento distribui-se sobretudo pelas regiões de Lisboa, que captou 26%, Porto com 17% e Algarve que, devido ao  dinamismo do sector de hotéis, captou 20% do total do valor investido em imobiliário. Em hotelaria, a consultora adianta ainda que 82% do capital investido é de origem estrangeira.

 

Sectores estrela

A distribuição por sectores posiciona a hotelaria e o retalho como sectores estrela, respetivamente com 39% e 34%, seguidos do sector de escritórios com 10%, das residências de estudantes, que representaram 7%, e dos sectores industrial e residencial, na cauda da tabela, com 5% e menos de 1%, respetivamente.

O ano de 2023 registou um total de 94 transações, 60% abaixo do ano anterior. Entre as 10 maiores transações do ano, a CBRE esteve envolvida em nove, num total de 855 milhões de euros. No top 3 de operações estão a aquisição dos hotéis Dom Pedro pela Arrow Global, a venda do portfólio Amália – 150 supermercados – à LCN Capital Partners e a transação do resort algarvio Palmares Ocean Living & Golf, vendido pela King Street Capital e Kronos também à Arrow Global.

2023 foi de facto um ano atípico e de acentuado recuo face ao ano anterior. Com o objetivo de controlar a inflação, as taxas de juro registaram um aumento acelerado, trazendo bastante incerteza a nível de ‘pricing’ dos ativos e deixando os investidores mais cautelosos. Parece-nos que o retalho e a hotelaria serão de novo, em 2024, sectores de destaque pela sua performance positiva e sólida, mas também prevemos que a procura por produtos alternativos como as residências de estudantes e ‘healthcare’ continue a aumentar”, comenta Francisco Horta e Costa, Managing Director na CBRE Portugal.

 

Escritórios e logística

Do lado da ocupação, os escritórios comparam com um 2022 extraordinário, pelo que se registam quebras de 68% no “take-up” em Lisboa e 15% no Porto, com absorções de 88 mil metros quadrados e 49.500 metros quadrados, respetivamente. A renda prime subiu dois euros em Lisboa e um euro no Porto, mantendo-se nos 28 euros por metro quadrado e 19 euros por metro quadrado, respetivamente, prevendo-se, contudo, uma estabilização em 2024.

O sector de logística registou uma absorção de 295 mil metros quadrados até novembro, 29% inferior à registada no ano de 2022. Apesar de manter uma dinâmica interessante e uma elevada procura, o sector foi marcado por uma falta de oferta de qualidade, a qual se espera que chegue a mercado em 2024, provocando um aumento relevante na absorção de espaço.

Na CBRE Portugal sabemos que em contextos de maior instabilidade e incerteza a nossa equipa tem que ser ainda mais criativa, demonstrando a capacidade de pensar em operações e oportunidades de valor acrescentado para os nossos clientes, fora dos sectores tradicionais. Em 2023, a título de exemplo, assessorámos o processo de venda da holding que detinha o Altice Arena, Ritmos & Blues, à gigante do espetáculo norte americana Live Nation. Também no segmento de ‘student housing’ estivemos envolvidos na maior transação do ano, assessorando a venda da residência de estudantes Milestone Olaias. Estes exemplos comprovam que o sector está em constante mutação, mas que o nosso país continua bem posicionado para atrair investimento estrangeiro”, afirma Francisco Horta e Costa.

 

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Por Bárbara Sousa

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