Os analistas económicos consultados pelo Banco Central Europeu (BCE) reviram em alta as previsões para a inflação na zona euro, até 2024. Os peritos preveem 8,3% em 2022, face aos 7,3% do inquérito anterior, 5,8% em 2023, face aos 3,6%, e 2,4% em 2024, face aos 2,1%.
Esta revisão em alta reflete, sobretudo, os preços mais elevados da energia e dos alimentos, mas também de outros produtos para os quais foram transferidos estes aumentos.
Crescimento
Em sentido contrário, os analistas reviram em baixa as previsões de crescimento para 2023, 2024 e a longo prazo. Para 2022, estimam um crescimento de 3%, face aos 2,8% do inquérito anterior, 0,1% em 2023, contra 1,5%, 1,6% em 2024, face a 1,8%, e 1,4% em 2027, contra 1,5
As perspetivas são de uma contração económica entre o terceiro trimestre de 2022 e o primeiro de 2023, com uma queda acumulada de 0,7%, devido aos elevados preços da energia, perda do poder de compra das famílias, economia global mais fraca e o aumento das taxas de juro.
Inflação deve ter chegado a 10,2% em outubro
Em Portugal, a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística mostra que, em outubro, a taxa de inflação atingiu os 10,2%, o valor mais elevado para este indicador desde maio de 1992. A componente energética voltou a agravar-se, arrastando a generalidade dos preços, e os produtos alimentares atingiram a variação, mais alta desde 1990.
Esta será a segunda subida consecutiva – em setembro atingiu os 9,3% – depois do alívio em agosto.
