A inflação média anual foi de 4,3% em 2023, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE), que explica o abrandamento face aos 7,8% registados no ano anterior pela descida dos preços da energia e dos bens alimentares não transformados.
“A diminuição da taxa de variação do IPC [índice de preços no consumidor] entre 2022 e 2023 foi influenciada pelo comportamento dos produtos energéticos com uma variação média anual de -9% (23,7% no ano anterior) e pela desaceleração da inflação subjacente e dos produtos alimentares não transformados”, indica.
De facto, os preços dos alimentos não transformados abrandou para 9,5%, o que compara com os 12,2% em 2022. E excluindo a energia e os bens alimentares não transformados (inflação subjacente), a variação foi de 5% em 2023, que compara com os 5,6% registados no ano anterior.
Desaceleração
Ao longo do ano, os preços no consumidor evidenciaram uma trajetória de descida. “A desaceleração do IPC verificou-se na maioria das categorias de produtos, refletindo o efeito base associado ao aumento de preços em 2022, a diminuição dos preços dos bens energéticos no primeiro semestre e no final do ano, bem como a isenção do IVA aplicada a alguns bens alimentares essenciais a partir de maio”, explica o INE.
O decréscimo na variação média anual verificou-se sobretudo nos preços dos bens, cuja taxa desacelerou de 10,2% para 4,1% em 2023. Já a taxa de variação média dos preços dos serviços voltou a acelerar, passando de 4,3% para 4,6%.
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