Inflação
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Inflação no valor mais elevado em 30 anos

Em 2022, a inflação atingiu máximos de várias décadas, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com os dados, em termos anuais, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 7,8%, significativamente acima da variação registada no conjunto do ano de 2021 (1,3%). Trata-se da variação anual mais elevada desde 1992.

Excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média situou-se em 5,6%, o que compara com os 0,8% do ano anterior.

A taxa de variação homóloga do IPC total evidenciou uma acentuada subida ao longo de 2022, com maior intensidade na primeira metade do ano. No segundo semestre, a variação manteve-se elevada e acima da média do ano, mas observou-se uma desaceleração dos preços nos últimos dois meses. Em dezembro, o IPC registou uma variação homóloga de 9,6%, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à observada em novembro.

 

Preços dos bens aumentam 10,2%

Em 2022, à semelhança do ano anterior, observou-se um crescimento médio anual mais elevado dos preços dos bens do que os dos serviços. Com efeito, os preços dos bens aumentaram 10,2% (1,7% em 2021), enquanto a taxa de variação média dos preços dos serviços foi de 4,3% (0,6% no ano anterior).

A aceleração do IPC verificou-se na maioria das respetivas categorias, refletindo os aumentos dos preços dos bens energéticos, em particular no primeiro semestre. O agregado dos produtos energéticos, composto por produtos que têm um peso significativo nas classes da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (classe 4, onde se inclui a eletricidade, gás e combustíveis para aquecimento) e dos transportes (classe 7, que integra os combustíveis para veículos), passou de uma taxa de variação média de 7,3% em 2021 para 23,7% em 2022.

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