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Indústria produtos de grande consumo atravessa outro ano de incerteza económica

As 250 maiores empresas de produtos de grande consumo do mundo geraram receitas de aproximadamente 3,1 biliões de dólares no ano fiscal de 2013 (que terminou em junho de 2014), apesar da incerteza económica. Este resultado coloca a média de cada empresa nos 12,3 mil milhões de dólares, de acordo com a 8.ª edição do estudo “Global Powers of Consumer Products 2015: Connecting with the connected consumer”, realizado anualmente pela Deloitte.

A Samsung lidera a lista ao alcançar receitas de mais de 210 mil milhões de dólares, seguida da Apple (2.º) e Nestlé (3.º).

As receitas compostas das 250 maiores empresas de produtos de grande consumo do mundo cresceram 5,6% em 2013. Cerca de 3/4 das empresas que integram a lista registaram um crescimento das receitas em 2013, com metade (125) a revelar um rápido crescimento face a 2012 (sem uma tendência em nenhuma região geográfica ou sector de produto).

O estudo distinguiu o desempenho positivo de Portugal, Irlanda e, particularmente, de Espanha, entre as economias da eurozona. No geral, as empresas de produtos de grande consumo europeias continuaram a sentir dificuldades em 2013 tendo em conta a desaceleração do crescimento nos mercados internos mais frágeis e o abrandamento em alguns mercados emergentes, particularmente da América Latina e África/Médio Oriente. As receitas cresceram apenas 1,2% nas empresas da região, abaixo dos 4% registados em 2012.

O sector de consumo de produtos eletrónicos voltou a ter um ano positivo em 2013, com as receitas a crescer 11,2% numa base agregada, associadas a uma maior rentabilidade. As receitas do líder da indústria – a Samsung – cresceram 13,7% em 2013, face aos 21,9% em 2012, enquanto as do segundo maior player do sector, a Apple, foram insuficientes para sustentar o crescimento de mais de 40% alcançado em cada um dos cinco anos anteriores. As receitas da empresa cresceram apenas 9,2% em 2013.

O número de negócios de fusões e aquisições tem crescido desde 2009, ano em que se observou uma estagnação. Em 2013, foram realizados pelas empresas de produtos de grande consumo 1.421 negócios. Com base nos números recolhidos até ao momento, 2014 irá alcançar ou ultrapassar o volume de negócios de 2013. Apesar da subida no volume, o valor dos negócios tem mantido, desde 2009, a tendência de crescimento negativa – até 2013, quando o valor médio recupera significativamente. O declínio no valor dos negócios em 2012 pode estar relacionado, pelo menos em parte, com as oportunidades de baixo preço que resultaram do abrandamento económico que permitiram adquirir ativos a valores mais reduzidos.

Apesar de os consumidores terem um acesso sem precedentes a informação e conhecimento online sobre os produtos para guiar as suas decisões de compra, um estudo recente da Deloitte demonstra que os consumidores estão a falar muito menos com os especialistas de produtos ou serviços do que com os seus familiares, amigos e outros consumidores. Cerca de 60% afirma confiar tanto na família e amigos, como nas avaliações dos clientes, quando de trata de recolher informações sobre produtos e serviços, seguindo-se os especialistas independentes (43%), o website da loja/retalhista (16%) e os fabricantes (12%).

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