A interrupção do consumo devido às novas restrições nas cinco maiores economias europeias (Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha) será muito mais leve, em 2021, do que durante o primeiro confinamento, segundo o último “Covid Recovery Monitor”, elaborado pelo Moody’s Investors Service.
Especificamente, o relatório observa que a confiança do consumidor melhorou, significativamente, após o lançamento da vacina, nas últimas semanas, especialmente, no que diz respeito à sua opinião sobre as perspetivas para a economia em geral, dentro de um ano. “Embora os níveis gerais de confiança do consumidor permaneçam relativamente baixos, os consumidores europeus tornaram-se um pouco mais positivos sobre as suas próprias perspetivas, impulsionados por notícias positivas sobre as vacinas contra o coronavírus“, afirma Vincent Allilaire, vice-presidente sénior de crédito/CSR da Moody’s e autor do relatório, acrescentando que, “entretanto, restrições prolongadas ou repetidas, durante os próximos meses, na corrida para a distribuição geral da vacina, provavelmente, manterão a confiança do consumidor relativamente fraca”.
Crise
Da mesma forma, o relatório destaca que o impacto da crise permanece polarizado e os novos encerramentos continuam a ter um efeito “desproporcionalmente negativo” sobre os trabalhadores de baixa remuneração, apesar do apoio sustentado das políticas.
Assim, para as empresas, alguns sectores precisarão de três a quatro anos para retornar aos valores anteriores à crise e os níveis de atividade irão variar, significativamente, entre os sectores.
O montante de caixa acumulado pelas empresas nas cinco maiores economias europeias estabilizou, de forma geral, uma vez que estas fizeram menos empréstimos e emitiram menos dívida. Os atuais níveis de depósito ajudarão a amortecer o impacto da crise, observa o estudo.