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Há menos portugueses a pretender comprar um automóvel

Foto Shutterstock

O ano de 2019 foi de sucesso para o sector automóvel e a expectativa para 2020 era enorme. No entanto, a pandemia de Covid-19 fez com que tudo mudasse e este sector tornou-se num dos mais fragilizados economicamente, com quebras nas vendas, mas também nos níveis de produção. Houve linhas de produção a estagnar, funcionários infetados com o vírus e, por tudo isto, o emprego sofreu um impacto direto.

Em Portugal, no ano de 2020, as vendas no sector automóvel registaram quebras acima dos 32% face a 2019, um valor superior ao da média europeia (-28%) e à média a nível mundial (-17%). Este cenário levou a que, em abril de 2020, houvesse 1,1 milhões de pessoas deste sector com os seus empregos afetados por toda a Europa, 20 mil em Portugal.

Perante este contexto de incerteza, o Observador Cetelem procurou saber de que forma esta conjuntura afetou a intenção de compra dos portugueses. No fim de 2019, 35% dos inquiridos manifestava vontade em comprar um automóvel, nos 12 meses seguintes; em 2020, este número desceu para 23%, novamente abaixo da média europeia (que também diminuiu de 34% para 27%) e da média a nível mundial (de 41% para 32%).

 

Pandemia

A pandemia teve impacto direto nessas intenções de compra, ainda que de forma moderada em alguns casos. A nível mundial, pouco mais de um terço dos indivíduos considera a pandemia um fator preponderante na intenção de compra de um veículo.

Em Portugal, apenas uma em cada cinco pessoas faz essa associação direta, contrastando com países como os Estados Unidos da América e o Reino Unido, onde mais de uma em cada duas pessoas refere que foi influenciada pela Covid-19.

Questionados sobre se a crise sanitária e respetivas consequências económicas terão influência no valor que tencionam gastar na compra de um veículo, 40% dos portugueses inquiridos afirma que sim, pois será menor o valor que terá disponível; por outro lado, 29% afirma que o valor disponível será maior.

Estes vão ao encontro da média europeia (38% gastará menos e 25% mais), mas contrastam com a média mundial, em que as respostas se equilibram: 35% considera que gastará menos e 35% que gastará mais.

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