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Grande consumo apresenta primeiros sinais de recuperação

No primeiro semestre, as famílias portuguesas compraram menos 0,9% bens de grande consumo (FMGC), em volume, mas já começam a surgir os primeiros sinais de recuperação, segundo a Kantar Worldpanel.

Na base desta redução das compras está a diminuição da frequência de compra em 1%, que não é compensada pelo ligeiro incremento do gasto por ato de compra.

Por outro lado, o aumento verificado no consumo alimentar fora de casa, e a consequente redução das ocasiões de consumo alimentar dentro de casa em 13%, será responsável pela redução das compras de alimentação e bebidas em 3,8% do volume comprado pelos lares portugueses.

Apesar do volume global se reduzir ainda, já há muitas categorias que viram aumentar o seu consumo pelas famílias. Foi o caso de alguns de produtos da área de beleza, como os tónicos, cremes de rosto e leite de limpeza, que tiveram fortes crescimentos a dois dígitos, neste primeiro semestre. De igual forma, alguns produtos relacionados com mercearia doce e snacks, portanto da área de comida “com prazer”, tiveram também relevantes crescimentos. Também a oferta relacionada com produtos alimentares convenientes teve uma maior preferência do “shopper”.

Neste contexto, importa referir que as promoções viram a sua atividade continuar a crescer, uma vez mais. Neste momento, já 57% das cestas de compras contêm, pelo menos, uma promoção. O desconto médio atinge agora os 32%, sendo o seu efeito expansionista das compras mais visível junto dos produtos de marca de fabricante. Isto significa que a poupança média que as famílias estão a obter com as promoções se pode quantificar em 51 euros por lar, neste primeiro semestre, o que compara com os 36 euros de poupança no semestre homólogo de 2014.

A chamada distribuição moderna continua a incrementar a sua importância neste mercado, enquanto o canal tradicional continua a perder peso. Os hipers/supermercados pesam agora 74,9% do valor do mercado e os hard discounts 13,8%, enquanto no primeiro semestre de 2014 as percentagens eram de 73,1% e 14,8%, respetivamente. Comparativamente a 22 países europeus, Portugal apresenta um canal tradicional significativamente mais fraco (28% versus 11%), não tendo vindo a ser reforçado, nos últimos anos, muito pelo contrário. Esta tendência poderá, eventualmente, ser contrariada no futuro, em virtude dos diversos investimentos anunciados na modernização das lojas tradicionais de maior proximidade, nomeadamente pela expansão de vários franchisings.

Uma palavra final para o crescimento das compras FMCG por via online neste semestre, sobretudo pelo aumento dos lares que escolhem fazer compras por este canal. Não obstante, este canal em Portugal tem ainda baixa expressão (0,6% para o total de 2014) quando comparamos com Espanha, Reino Unido (6%) ou França (4%), onde a sua importância é significativamente maior. Já não comparando com a recordista Coreia do Sul, onde as compras FMCG online pesam mais do que 13% do volume total comprado.

Com as naturais reservas sobre um clima económico e até político com consideráveis incertezas, a Kantar Worldpanel estima que 2015 termine ligeiramente positivo, no que respeita ao volume comprado pelas famílias portuguesas, depois de quatro anos consecutivos a cair.

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