A Marks & Spencer, a Aldi e o Lidl suspenderam as compras de frangos de uma fábrica do 2 Sisters Food Group, no Reino Unido, após uma investigação do The Guardian e da ITV News ter revelado a adulteração dos registos de segurança alimentar. Entretanto, o regulador britânico vai também dar início à sua própria investigação.
Um porta-voz da Marks & Spencer indicou ao jornal britânico que a cadeia vai também investigar a veracidade das alegações, tendo interrompido as compras à fábrica de West Bromwich até se apurarem conclusões. “Os standards revelados na reportagem são inaceitáveis, levamos a higiene e a rastreabilidade muito a sério e temos parâmetros de produção muito rigorosos”, afirmou.
A Aldi também suspendeu as compras a esta fábrica enquanto faz a sua própria investigação do assunto. O operador de discount reiterou que espera que todos os fornecedores sigam sempre os mais elevados standards de higiene e rastreabilidade alimentar, preocupação partilhada pelo seu congénere Lidl. “Levamos a segurança alimentar muito a sério e estamos muito desapontados por ver os standards inaceitáveis revelados na reportagem. Demos início de imediato à nossa própria investigação ao fornecedor e podemos confirmar que não vamos abastecer-nos nesta fábrica até que as investigações sejam satisfatoriamente concluídas”. Tesco e Sainsbury’s vão tomar medidas semelhantes.
A reportagem do The Guardian e ITV News mostra os trabalhadores da fábrica a alterar a data de abate das aves. Os especialistas dizem que esta alteração pode ampliar artificialmente a vida comercial da carne, com os supermercados a colocarem datas de validade superiores ao que deveria ter.
A investigação do The Guardian revela ainda que as porções de carne devolvidas pelos centros de distribuição dos supermercados são reembaladas e novamente vendidas aos grandes retalhistas, que os frangos caídos ao chão são recolocados na linha de produção e que aves com diferentes datas de abate são colocadas na mesma linha.
O 2 Sisters Food Group disse que não teve tempo para apurar a veracidade das alegações, mas que “a higiene e a segurança alimentar são a sua principal prioridade”.
