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Empresas devem repensar as suas estratégias, assim como as pessoas o devem fazer com o trabalho, a tecnologia, as marcas e o planeta

Foto Shutterstock

Quase dois anos de disrupção do tecido social resultaram numa mudança coletiva na relação das pessoas com o trabalho, com o consumismo, com a tecnologia e com o planeta, pressionando as empresas a desenhar novos modelos de negócio, de acordo com as “Fjord Trends”, o relatório anual de tendências da Accenture Interactive.

A 15.ª edição oferece um guia prático às empresas que procuram entregar valor e relevância aos seus clientes, colaboradores e sociedade. De acordo com o relatório, há novos padrões de comportamento identificados que vão desafiar as organizações a repensarem a sua abordagem ao design, inovação e crescimento, como consequência das mudanças de expectativas e atitudes dos colaboradores, da escassez causada pela disrupção das cadeias de abastecimento e de novos ambientes virtuais, como o metaverso.

 

5 comportamentos e tendências

Não subestime o grau de mudança nas relações a que estamos a assistir, nem o papel dos negócios na resposta a estas mudanças”, afirma Mark Curtis, head of global innovation and thought leadership da Accenture Interactive. “As próximas escolhas das empresas podem afetar o nosso mundo e a sua estrutura, de mais formas do que podemos antever, e tudo aponta para uma mudança nas relações pessoais, com colegas, marcas, sociedade, com lugares e, até, com pessoas mais próximas. Aproximam-se tempos desafiantes, mas também grandes oportunidades para que as empresas possam construir relações positivas e criar um novo ‘tecido de vida’ que seja benéfico para o indivíduo, para a sociedade e para o planeta.

As “Fjord Trends 2022” destacam cinco comportamentos e tendências que vão afetar a sociedade, a cultura e os negócios: Come as you are, The end of abundance thinking?, The next frontier, This much is true e Handle with care.

 

Come as you are

Dois anos após o início da pandemia, o crescente sentido de controlo e responsabilidade sobre as suas próprias vidas está a afetar a maneira como as pessoas trabalham, se relacionam e consomem. Questionam-se sobre quem são e o que é mais importante para si.  O individualismo crescente marcado por uma mentalidade de “eu acima do nós” tem profundas implicações para as organizações, na forma como lidam e moldam uma nova proposta de valor para os seus colaboradores e como cultivam as relações entre a organização e os clientes.

 

The end of abundance thinking?

Durante o último ano, muitos consumidores experienciaram prateleiras vazias, o aumento das contas de eletricidade e a falta de serviços quotidianos. Embora as falhas nas cadeias de abastecimento possam ser um desafio temporário, o impacto persistirá e levará a uma mudança no “pensamento de abundância”, assente numa lógica de disponibilidade, conveniência e velocidade, levando a uma maior consciência ambiental. As empresas devem gerir a “ansiedade da disponibilidade”, sentida no mundo inteiro.

 

The next frontier

Uma explosão cultural está prestes a acontecer. O metaverso será uma nova fronteira da Internet, combinando todas as camadas existentes de informação, interfaces e espaços com os quais as pessoas interagem. Oferece uma nova fonte de receita, está a criar novas profissões e permite às marcas possibilidades infinitas, que as pessoas esperam que as empresas ajudem a construir e a navegar. E não existirá apenas nos ecrãs e auriculares. O metaverso também será sobre experiências e lugares do mundo real que interagem com o digital.

 

This much is true

Atualmente, as pessoas esperam fazer perguntas e obter respostas com o toque num botão ou através de uma breve interação com um assistente de voz. O facto de ser tão simples e imediato leva-as a perguntar ainda mais. Para as marcas, a variedade de questões dos clientes e o número de canais para as colocar crescem constantemente. A resposta a estas questões é um grande desafio de design, um fator crítico de confiança e uma vantagem competitiva no futuro.

 

Handle with care

O desejo de cuidar destacou-se nestes últimos dois anos, em todas as suas formas: o cuidado próprio, o cuidado do outro, o serviço de cuidados e os canais de entrega de cuidados, tanto no formato digital como físico. Isto está a criar oportunidades e desafios para empresas e marcas, independentemente das suas credenciais de saúde e médicas. As responsabilidades relacionadas com o cuidar de si próprio e dos outros continuarão a ser uma prioridade. Tanto os designers como as empresas precisam de criar espaço para poderem praticar o “cuidado”.

À medida que os consumidores reformulam todas as relações, as marcas enfrentarão duas grandes responsabilidades: cuidar do mundo atual e, ao mesmo tempo, construir o futuro, de uma forma positiva para o planeta, para o negócio e para a sociedade”, afirma David Droga, CEO e chairman criativo da Accenture Interactive. “A chave está em compreender profundamente os impactos dessas relações e aspirações e convertê-los em estratégias robustas de negócio que impulsionem a relevância e o crescimento.”

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