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Do neuromarketig ao “new marketing”

Num congresso como o Neuromarketing World Forum seria certamente interessante utilizar as técnicas e métodos desta nova ciência para perceber aquilo com que a audiência realmente ficou na memória e o que deseja no futuro. Enquanto esse dia não chega, o sentimento dominante que houve ao longo de 3 dias é de que muito se tem feito nesta área, mas também de que ainda é tudo muito novo e todos estão a aprender, as marcas, os cientistas, os consultores, as agências.

O nome de António Damásio é incontornável, e o seu tributo é um de compreensão e conhecimento. A compreensão daquilo que os consumidores, os “shoppers” e os clientes querem. O conhecimento das técnicas e metodologias mas também o conhecimento de como fazer e crescer um sector é uma ciência que ainda está na sua infância.

Mas o dia não foi apenas feito de balanços e de projecções, foi feito de muitos casos e de muita discussão sobre o que é sucesso. Sarah Walker (Milward Brown) e Mihkel Jäätma (Realeyes) mostraram a perspectiva racional e fundamental de integrar dados e análises de várias fontes para compreender o comportamento dos consumidores, não só de Neuromarketing se pode sobreviver, há que aliar as diversas técnicas. É o que se pode chamar o verdadeiro Big Data!

Mas o fundamental é dar resposta ao comentário típico do CEO do cliente: “este estudo é fantástico … agora, diga-me quais são as conclusões e recomendações!” Tadeusz Zorawski, McCann Polónia, lida com esta questão todos os dias, quando os seus clientes gostam dos anúncios, gostam dos estudos que os justificam, mas o que lhes interessa é se vão obter melhores resultados, mais vendas, mais clientes … “show me the money!”

O sucesso da marca Tropicana na Turquia demonstra a necessidade de usar múltiplas fontes de conhecimento, com o Neuromarketing a ajudar de forma crucial a que a marca se destacasse junto de mais de 25 concorrentes. Segundo a PepsiCo (Osman Dilber) o factor mais importante na escolha de um sumo é o sabor, sendo fundamental que todo o portfólio esteja no linear, criando a imagem de Tropicana. Da mesma forma, os anúncios de Tropicana passaram a focar-se no prazer de beber o sumo e na apresentação visual da fruta fresca, tornando a marca na 3a maior marca no mercado e tendo um dos anúncios com maior eficiência na Turquia.

O futuro do Neuromarketing passa pelo Dubai em 2016, mas passa ainda mais por transformar-se de “neuro marketing” em “new marketing”. 500 pessoas não podem estar erradas … ou podem?

Até à próxima!

Desde Barcelona, por Miguel Galante.

Este artigo foi escrito pela Grande Consumo em colaboração com a TouchPoint Consulting.

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